O trabalho é feito pelo médico veterinário Diones Oliveira Santos e pelo zootecnista João do Rego. "Só uma gotinha é suficiente. O sêmen é bastante concentrado, cerca de três bilhões de espermatozóides. Então, a partir daqui, a gente dilui, aumenta a quantidade de dose e reduz essa dose para 150 milhões de espermatozóides, que é uma dose inseminante para caprinos", explicou o zootecnista.
Depois de diluído, o sêmen é envasado em tubetes e congelado. Assim é transportado para a sede da Embrapa em Sobral, onde vai para o banco de sêmen. Nessas condições pode ser preservado por, pelo menos, 20 anos.
Segundo reportagem do Globo Rural, uma parte do sêmen já está sendo usada no trabalho de melhoramento e seleção do rebanho de cabras nativas da Embrapa para obter machos e fêmeas que mantenham as características originais da raça com boa produção de carne e leite. "Os produtores vão poder se beneficiar desse trabalho daqui a quatro anos", explicou o veterinário Francisco Ribeiro.
No futuro o material do banco de sêmen será usado também para cruzamentos com outras raças exóticas com o objetivo de imprimir nelas as principais características das cabras nativas: rusticidade e adaptação ao clima nordestino.
Quem cria raças nativas de cabras ou de ovelhas pode fazer parte desse projeto, basta entrar em contato com a Embrapa.
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Salvador - Bahia - Consultoria/extensão rural
postado em 31/08/2007
Bastante interessante o trabalho desenvolvido pela Embrapa, precisamos preservar no caprino aquela que é a sua maior fôrça como viabilizador do semi-árido que é a rusticidade, na ânsia de melhorar indíces produtivos podemos incorrer no erro de perder o ganho natural que obtivemos ao longo de séculos em rusticidade, é preciso buscar o equilíbrio e fazer prevalecer o velho ditado:"nem tanto à terra, nem tanto ao mar."