De acordo com Octávio, a maioria dos programas de melhoramento genético no Brasil toma como base somente a avaliação genética, quando esta deve ser vista como somente uma parte integrante de um programa mais completo. "Os programas apresentam como resultados catálogos com os animais rankeados de acordo com as de Diferenças Esperadas na Progênie (DEP's). Mas realizar isso é fazer somente uma parte de um programa de melhoramento. Estes índices não podem ser usados de forma indiscriminada, devem ser usados de acordo com os objetivos que o produtor tem", explica ele.
Octávio ressalta que 90% dos programas tendem a observar somente características como ganho de peso e conformação de carcaça, quando outras como os índices de sobrevivência de cordeiros geralmente são negligenciadas. Outro ponto do debate será a necessidade da escrituração zootécnica nas propriedades, como base para o melhoramento animal. Para o pesquisador, é necessário fazer uma sensibilização para que o produtor perceba os ganhos desta prática: "o produtor só vai adotar no momento em que entender a importância que a escrituração tem para ele".
O Simpósio de Produção Ovina do FarmPoint abordará novidades e tendências da cadeia produtiva da ovinocultura, com destaque para novas tecnologias voltadas para otimizar a produção no país. O evento pretende reunir produtores de ovinos; associações e núcleos de criadores; empresas; estudantes e profissionais da área (técnicos, consultores, engenheiros agrônomos, zootecnistas, médicos veterinários). A programação de palestras do dia 14 prevê, além da abordagem sobre melhoramento genético, temas como controle de parasitas, mercado, nutrição de ovinos, sistemas e custos de produção.
As inscrições custam R$ 50,00 para estudantes e R$ 80,00 para profissionais. Mais informações sobre a programação, palestrantes e inscrições podem ser acessadas pelo site "http://www.farmpoint.com.br/simposio/"
As informações são da Embrapa Caprinos e Ovinos, adaptadas pela Equipe FarmPoint.
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