Embrapa e BNB assinam novo convênio

Daniel Pimentel Gomes

Fortaleza - Ceará - Produção de caprinos de leite
postado em 31/03/2007

Caros,

Queria que a Embrapa caprinos se espelhasse na Emepa e desse um passo no sentido de fornecer genética (coisa que ela já faz timidamente) para os pequenos criadores e até mesmo os grandes, pois sem genética de ponta não se chega a lugar nenhum.

Ficamos formando criadores de primeira linha e outros de terceira linha, pois o abismo genético que nos separa é enorme, sendo que o grande criador faz consórcio, TE, IA, compra reprodutores de alta linhagem e seus filhos são vendidos em leilões por uma fortuna e os pequenos criadores ficam só com as rebarbas e de favores e até roubando cobertura nas madrugadas nas exposições,etc.

Diante disso tudo pedimos encarecidamente que a Embrapa caprinos mude um pouco seu foco,ou sua missão e abra seu leque de opções e atenda as exigências do mercado criador que tá clamando por isso também.

Forte abraço aos lutadores e sofredores deste pais que querem crescer e não tem apoio ou incentivo, não precisamos de caridade para trabalhar e desenvolver, pois a própria Embrapa com suas pesquisas nos dá ferramentas pra criativamente sermos bons criadores.

Daniel Pimentel Gomes

Jose Guedes Neto

Solonópole - Ceará - produçao de pardo suiço e santa ines e somalis bra
postado em 02/04/2007

Bom dia a todos os criadores do nosso Ceará,

Sou estudante de zootecnia e criador de ovinos e bovinos. Andando por outros estados, notamos o quanto o Ceará está subdesenvolvido na nossa área de agropecuária, ou melhor, temos muitos criadores de gabarito mas que ficam limitados ao não apoio dos nossos governantes, instituições de pesquisas etc.

Quando li o artigo do colega Daniel Pimentel, achei que, como ele, devo falar o que vem acontecendo no nosso estado.

Notamos, caro colega, que os estudantes que estão saindo das universidades do nosso estado estão com uma visão muito plana do que se tem de fazer para o uso de ferramentas para que nosso estado se torne competitivo com os demais e isso vem se tornando realidade ao ver que muitos que já sairam estão na luta para colocar as ferramentas para funcionar e estão conseguindo.

O criador cearense tem de parar para pensar que não se produz se ele não tiver um papel e uma caneta ou lápis na mão e anotar tudo ou parte do que acontece no seu sistema de criação. Com isso quero lhe falar que se nosso criador não criar consciência do que ele quer produzir ele não vai jamais produzir no nosso estado, ou seja, ele ainda e uma vitima da verdadeira "moda" que vem se espalhando pelo Brasil como um todo.

Quero dizer que: se ele optar por produção de carne, como exemplo, com cruzamento industrial, que mande para o frigorífico a prole F1, tanto macho como fêmea para o abate e não entre na moda de se fazer raça esquecendo de produzir. Isso seria um pequeno exemplo.

Assim como você e muitos criadores do estado tem uma visão que a nossa Embrapa deveria participar mais, ou seja, ter um contato maior com os produtores, já que ela e uma empresa de pesquisas e que esta venha a ser prática também.

Outro ponto que gostaria de falar é com relação ao Banco do Nordeste que só aceita a compra de reprodutores que tenham registro. O próprio órgão, que era para ser uma ferramenta para uma maior produção, está fazendo o contrário ao não aceitar animais sem registro pois existem muitos animais superiores aqueles que tem registro e que seriam até mais baratos para o produtor. Com isso, a instituição esquece que produção é independente de registro, sendo ela dependente de produtores que contém característica para cada objetivo.

Espero que com essas palavras, consiga um melhor entendimento do que vem acontecendo no nosso estado e de por inicio ao fim do ditado "criador é a arte de empobrecer alegremente."

Um grande abraço a todos.

José Roberto Barbosa Braz

Campina Grande - Paraiba - Pesquisa/ensino
postado em 02/04/2007

Olá Daniel!

Sou da Paraíba e desconheço essa ação que você está dizendo que a EMEPA faz. O que a gente vê são ações de visita de técnicos a outros países, mais doar para pequeno produtor, ou mesmo vender em leilões a preços acessíveis também não existe. Talvez quando os grandes cansarem de brincar de "trocar figurinhas" o pequeno criador possa receber algum benefício desse material genético.

Um abraço, J. Roberto.