Apontou como exemplo o envelhecimento da população, faixa que se tornará cada vez mais importante como segmento de consumo e de marketing, fundamental portanto para os produtores rurais, para os empresários e para o Governo, este com a responsabilidade de realizar e apoiar pesquisas a serem adotadas pelo setor privado.
Outra importante mudança, segundo Eliseu Alves, é o deslocamento do crescimento econômico, do consumo e, portanto, da atenção de empresas e governos em direção a países emergentes, em especial na Ásia e inclusive na África, que, segundo ele, "já está deixando a estagnação e começa a retomar o crescimento, pois este continente também vai sair da pobreza". "Devemos continuar atentos aos mercados dos países ricos, mas estes não crescerão mais. Os novos e promissores mercados estão nas nações emergentes e inclusive em áreas pobres".
Quanto ao aquecimento global e a degradação do planeta, Eliseu Alves apontou a mudança da matriz energética, para energias ambientalmente limpas, como o álcool, o biodiesel e a biomassa de outros produtos. Em termos de política internacional do Brasil, o economista lembrou que a luta contra as altas taxas de importação e subsídios - adotados pelos países ricos, principalmente Estados Unidos, Japão e União Européia - também representam ações a favor do desenvolvimento brasileiro e do combate à pobreza no Brasil.
Mas ele frisou a necessidade imediata de mudanças no enfoque da pesquisa agrícola, do planejamento e da política agrícola. "Se a Embrapa não mudar de paradigma, no sentido de trabalhar mais estreitamente com a iniciativa privada, dentro de dez anos ninguém mais vai falar da empresa", alertou ele.
As informações são da assessora de imprensa da Embrapa.
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