O novo presidente, o agrônomo geneticista Pedro Arraes, ratifica a opção preferencial da empresa pela indústria nacional, transferência de tecnologia à agricultura familiar e cooperação internacional com países da África. "Vamos fortalecer e defender a empresa nacional. Não queremos tomar mercado, mas temos papel fundamental no preço, na qualidade e no não monopólio".
A "nova" Embrapa consolidará seus laboratórios no exterior (Labex) e terá foco em grandes projetos de cooperação com países africanos, como Angola, Moçambique e Gana. "Faremos projetos de longo prazo com agências como a JICA [cooperação do Japão] na África para recuperar as empresas locais de pesquisa, treinar gente e ajudar as empresas brasileiras que estão lá", afirma Pedro Arraes.
Arraes revela interesse em criar um Centro Internacional de Treinamento em Agricultura Tropical para auxiliar as centenas de pedidos do exterior recebidos pela empresa. Ele prevê a criação de "Labex no Brasil" para atender às demandas internas, alocando pesquisadores em instituições-chave para o agronegócio e a Embrapa, como FGV, Fiesp, Unicamp e PUCs do Rio e São Paulo.
Mesmo com fortes instabilidades políticas, a "missão internacional" da empresa em países como a Venezuela, onde mantém um escritório, permanecerá. "Tem problema político? Tem, mas a Venezuela importa US$ 5 bilhões do Brasil, tem empresas brasileiras lá e dá para ganhar dinheiro ajudando as pessoas", afirma.
As informações são do jornal Valor Econômico, resumidas e adaptadas pela equipe AgriPoint.
Camilla Oliveira
Piracicaba - São Paulo - Cursos Online AgriPoint
FarmPoint - postado em 27/07/2009
Só não entendi porque a USP também não está citada entre as "instituições-chave para o agronegócio". Todos os anos se formam nessa instituição centenas de profissionais de excelente nível que atuam em diversas áreas do agronegócio, contribuindo de maneira relevante para o desnvolvimento desse setor.