As ações de transferência de tecnologia serão executadas até dezembro de 2010. Estão previstos cursos de capacitação de técnicos multiplicadores da Emater/RS, do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/RS) e de prefeituras, além de palestras, Dias de Campo e a participação em feiras de abrangência nacional.
O "efeito" Booroola
A alta prolificidade das ovelhas Booroola, que proporciona partos duplos ou de mais cordeiros, é causada por uma mutação que ocorreu naturalmente no gene do receptor para proteínas morfogenéticas de osso tipo1 B (BMPR1B). Em 2003, a Embrapa Pecuária Sul iniciou um programa de introgressão assistida por diagnóstico molecular dessa mutação em rebanhos comerciais das raças Texel e Corriedale.
Até o momento, a única diferença identificada nos animais adultos portadores da mutação é um maior número de ovulações nas fêmeas, o que determina o nascimento de mais cordeiros. A mutação não determina alterações de características morfológicas nos carneiros, mas os animais a transmitem para os filhos. Atualmente, após cinco gerações de retro-cruzamento, estarão disponíveis no mercado carneiros das raças Texel e Corriedale portadores da mutação Booroola.
A mutação oferece uma nova opção, que pode permitir ao ovinocultor de base familiar ou empresarial um nível elevado de prolificidade e ainda manter as outras características produtivas desejáveis da raça do seu rebanho original. O uso das ovelhas Booroola em rebanhos comerciais tem o potencial de duplicar o número de cordeiros desmamados por ovelha acasalada numa mesma área pastoril. Entretanto, para obter esse salto de produtividade, o produtor rural deve adotar técnicas de manejo e cuidados com o rebanho de cria e com os cordeiros recém-nascidos.
As informações são sa Embrapa, resumidas e adaptadas pela Equipe FarmPoint.
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