Durante o período, Lobo e Fernando visitaram cooperativas, produtores rurais e abatedouros, além de participarem de reuniões com técnicos de entidades como o Centro de Investigações em Melhoramento Animal da Pecuária Tropical (CIMAGT), a Associação Cubana de Produção Animal (ACPA), além de empresas estatais responsáveis pela comercialização de produtos e pelo incentivo ao setor açucareiro. O relatório da visita, que será concluído até o fim de julho, deverá propor estratégias para outras duas etapas: a vinda de técnicos cubanos ao Brasil para capacitação em tecnologias de produção de carne, leite e pele e uma posterior capacitação para técnicos multiplicadores em Cuba, em temas estratégicos como o melhoramento genético para caprinos e ovinos.
Na avaliação dos pesquisadores, a capacitação é recomendável para que produtores locais, adaptados à realidade da cultura do açúcar, possam se atualizar sobre as tecnologias em produção animal. Com os treinamentos, há a intenção também de levar informações que possam colaborar com as cadeias produtivas em Cuba, na agregação de valor aos produtos, na melhoria da eficiência dos sistemas de produção e com ações de melhoramento animal.
Para Lobo e Fernando, Cuba traz boas potencialidades, principalmente em quesitos como a governança e o associativismo. Na avaliação de ambos, o intercâmbio com os cubanos pode, também, servir para observar estes pontos fortes e tentar adaptá-los à realidades brasileira. "O país apresenta boa coordenação nas áreas de assistência técnica e suporte para a comercialização. O produtor cria animais já sabendo para quem vai vender. Essa característica seria imprescindível para uma realidade de semiárido, de agricultura familiar", ressalta Lobo. "O desenho do arranjo produtivo deles pode ser adequado às nossas limitações. Há possibilidades de testarmos aqui", endossa Fernando.
As informações são da Embrapa Caprinos e Ovinos, adaptadas pela Equipe FarmPoint.
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