carregando...
Fechar
Receba nossa newsletter

É só se cadastrar! Você recebe em primeira mão os links para todo o conteúdo publicado, além de outras novidades, diretamente em seu e-mail. E é de graça.

Embrapa: tecnologia de genotipagem de ovelhas é um dos destaques na Expointer

postado em 27/08/2013

2 comentários
Aumentar tamanho do texto Diminuir tamanho do texto Imprimir conteúdo da página

 

Pesquisadores da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília, DF) identificaram uma mutação genética natural em ovelhas da raça Santa Inês que está fortemente relacionada ao aumento da ovulação e prolificidade (número de crias por ovelha). Essa descoberta, inédita no Brasil e cujo pedido de patente já foi depositado no INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial, pode beneficiar significativamente os sistemas produtivos e agricultores familiares. A tecnologia está à mostra na Casa da Embrapa na Expointer 2013, que começou sábado (24) e se estende até 1º de setembro, em Esteio/RS.

A variante FecG-Embrapa, que é um alelo (em linguagem corriqueira, alelo pode ser explicado como o "endereço" do gene) natural do gene GDF9 (Growth Differentiation Factor 9) foi identificada pelos cientistas da Embrapa após estudos com marcadores moleculares desenvolvidos desde 2004. A variante FecG-Embrapa do GDF9 ocorre de forma natural nas ovelhas da raça Santa Inês, Bergamácia, Somalis, Rabo Largo e Morada Nova.

Estudos realizados no rebanho de ovinos Santa Inês da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE) mostraram que esta variante pode proporcionar um aumento de mais de 50% no número de crias por ovelha em relação a ovelhas que não possuem essa característica.

Segundo o pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Eduardo Melo, a descoberta da mutação foi como encontrar “uma agulha no palheiro”, visto que há cerca de 25 mil genes que codificam proteínas no DNA das ovelhas e cada gene pode ter dezenas ou até centenas de mutações que ocorrem de forma natural.

Após identificarem a alteração natural no DNA das ovelhas e comprovarem a sua relação com o aumento na taxa de ovulação e prolificidade, os pesquisadores das duas Unidades da Embrapa desenvolveram uma metodologia baseada em técnicas de biologia molecular que permite identificar de forma rápida e eficiente essa mutação em qualquer rebanho ovino.

Objetivo é transferir a tecnologia de genotipagem de ovelhas para produtores rurais

Trata-se da metodologia de genotipagem, que possibilita identificar a presença da variante FecG-Embrapa em um exame de sangue comum de forma rápida e eficiente. Com isso, como explica Melo, o produtor vai poder planejar os cruzamentos no seu rebanho de acordo com as suas estratégias e necessidades.

Essa tecnologia pode ter uma forte implicação em termos de produtividade dos rebanhos ovinos, na medida em que eleva o potencial de gestação e prolificidade das ovelhas. “De modo geral, esses animais são mono-ovulatórios, ou seja, só tem um filhote por gestação. O uso da tecnologia aumenta a chance de gestações de gêmeos”, afirma Melo.

Levando em consideração que um dos maiores entraves para a ovinocultura brasileira são os baixos índices de produtividade em consequência do fraco desempenho reprodutivo e produtivo dos rebanhos, a tecnologia desenvolvida pela Embrapa pode resultar em impactos significativos para os setores produtivos no Brasil.

O objetivo dos cientistas daqui para frente é disponibilizar o processo de genotipagem para a sociedade. Como desdobramento desse estudo, será possível transferir essa característica para outras raças que não a apresentam naturalmente.

A Embrapa espera que essas ferramentas e produtos contribuam para tornar os sistemas de produção mais eficientes do ponto de vista econômico, além dos impactos sociais, já que os maiores beneficiários serão os sistemas produtivos e agricultores familiares.

As informações são da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, adaptadas pela Equipe FarmPoint.
 

Avalie esse conteúdo: (5 estrelas)

Comentários

Claudio Moraes Trindade

São Luiz Gonzaga - Rio Grande do Sul - Técnico
postado em 30/08/2013

Isso é tipo o gene Booroola que ocorre nas Texel e Corriedale?
Como será possível transferir essa característica para outras raças que não a apresentam naturalmente? Seria através de cruzamento?

Quer receber os próximos comentários desse artigo em seu e-mail?

Receber os próximos comentários em meu e-mail

Envie seu comentário:

3000 caracteres restantes


Enviar comentário
Todos os comentários são moderados pela equipe FarmPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

Copyright © 2000 - 2024 AgriPoint - Serviços de Informação para o Agronegócio. - Todos os direitos reservados

O conteúdo deste site não pode ser copiado, reproduzido ou transmitido sem o consentimento expresso da AgriPoint.

Consulte nossa Política de privacidade