Os fitoterápicos, ou seja, plantas que têm ação anti-helmíntica, estão sendo adicionados aos insumos que servem para a confecção dos blocos multinutricionais. Isto possibilitará que o animal além de ter uma boa nutrição se previna contra os parasitas.
A fitoterapia é o tratamento e/ou a prevenção de doenças aproveitando plantas e buscando curar males de maneira não agressiva, pois estimula as defesas naturais do organismo. O uso de produtos fitoterápicos apresenta várias vantagens, entre eles o baixo custo, efeitos colaterais reduzidos, a cura e prevenção de muitas doenças.
De acordo com a coordenadora do projeto e pesquisadora da Emepa, Maria das Graças Gomes Cunha, a pesquisa faz parte de um dos vários experimentos que estão sendo feitos com os blocos multinutricionais. A primeira etapa do tratamento foi dividida em três fases, durou 70 dias e foi realizada durante o período da seca, com cerca de 40 animais. Para ser feita uma análise do tratamento, uma parte dos blocos continha neem, outra alho e última parte não tinha nenhum fitoterápico.
Com o intuito de fazer um comparativo da ação desses anti-helmínticos em caprinos, a segunda etapa será realizada durante o período chuvoso, já que, no verão, a tendência dos animais é ter uma carga menor de verminoses do que no inverno. Os caprinos podem ser contaminados através de outros animais ou até mesmo da pastagem, se caso os pastos estiverem infectados por as larvas que contenham parasitas.
Os animais que são infectados por verminoses têm diversos problemas, principalmente anemia, atraso no crescimento, falta de apetite e alteração no ciclo produtivo e reprodutivo.
Inicialmente, o uso de fitoterápicos aplicado aos blocos multinutricionais mostrou resultados eficientes, apresentando uma diminuição das verminoses em caprinos. Nas pesquisas, custeadas pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e pelo Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), também serão testadas como fitoterápicos a batata de purga, o melão de São Caetano e a semente de jerimum. Existem diversas plantas com ação fitoterápicas. Porém, foram escolhidas, para serem avaliadas nas pesquisas, plantas comuns na região Nordeste.
As informações são da Emepa, adaptadas pela Equipe FarmPoint.
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