"Mas mesmo com esse incremento, o consumo continua concentrado nos países ricos, disse ontem a especialista em alimentação animal, Daniela Battaglia, diretora da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO/ONU) Roma. "O déficit de proteína animal ainda é muito grande", afirmou.
De acordo com a especialista, esse incremento localizado foi regido pelo aumento da demanda, pelo crescimento da população mundial e ainda pela urbanização desse contingente populacional. "A maior disponibilidade de grãos para a produção de alimentação animal, a viabilidade econômica e energética e a capacitação do setor produtivo foi determinante para esse desenvolvimento, mas ele ainda não é sinônimo de um maior acesso à proteína animal", avalia Battaglia.
Levantamento da FAO revela que 23% da demanda por alimentação animal é atendida pela indústria americana, o Brasil é o quarto maior produtor responsável por 8% do fornecimento da ração consumida pela indústria animal.
Ainda segundo Battaglia, 3,4 bilhões de hectares em todo o mundo são dedicados a pastagens, 26% localizados nos países emergentes. Outros 470 milhões de hectares, ou 1/3 da área agricultável do planeta é voltado à produção de ração. No caso da soja, oito países são responsáveis por 97% do fornecimento global da oleaginosa que entra na composição das formulações de rações.
Em apresentação no 1 Interfeed Leadership Meeting, fórum de discussão sobre os desafios da produção de alimentos no futuro promovido pelo Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), a diretora da FAO afirmou ainda que o Agronegócio deve assistir a um crescimento de 34% do consumo de milho pela indústria de etanol só este ano.
Estimativa do Serviço de Observação Estratégica da União Europeia aponta que o Brasil será responsável por mais da metade do crescimento do mercado global de alimentação com 30% das exportações de carnes até 2017, além de ser o único país onde a produção de carne de frango deve aumentar mais rápido que o consumo, consolidando a posição de maior exportador de aves à frente, inclusive, dos Estados Unidos. Mas até alcançar esse patamar, o Brasil terá de transpor barreiras operacionais.
As informações de Gilmara Botelho, publicada pela Gazeta Mercantil, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.
renato calixto saliba
Brasília - Distrito Federal - Produção de leite
postado em 12/05/2009
Se o nosso Governo tomar as medidas necessárias, tais como , contratação de técnicos para fazerem a transferencia de tecnologia, crédito a juros justos para a compra de tratores e implementos para os pequenos e médios produtores, autorização de exploração de novas minas de fosforo, potássio etc, melhorar as malhas viarias, hidricas e ferrovias, melhoria e ampliação dos portos melhoramento na capacidade de armazenagem de grãos, investimentos de verdade nos orgãos de pesquisa , universidades etc , estaremos garantindo um futuro maravilhoso para o Brasil.