Serão plantados 10.000 hectares de napier para este fim. A gramínea é bastante utilizada na Europa e produz mais energia do que o eucalipto, quando queimado.
A intenção é que os três complexos comecem a produzir em janeiro de 2008, cerca de 380 mil de toneladas de biodiesel por ano, seguindo a regulamentação da União Européia. O investimento será de US$ 190 milhões em energia, por meio da companhia Agrenco Bioenergia, um ramo do Grupo Agroenco voltado à produção de bioenergia. Os locais escolhidos são as cidades de Alto Araguaia (MT), Caarapó (MS) e Céu Azul (PR).
"Escolhemos o Brasil não só por ser o país dos fundadores da Agrenco, mas por ser o único local no mundo que poderá ter sua produção ampliada duas ou três vezes em pouco tempo e sem danos à natureza", diz o CEO da Agrenco, Antonio Iafelice.
A produção será voltada para a exportação. Estão em andamento negociações com a prefeitura de Tóquio para que o biodiesel brasileiro (do tipo B-100) seja utilizado no transporte público da cidade. "Também vemos um grande mercado na Europa, que estabeleceu metas de consumo", diz Iafelice. Em janeiro, a União Européia se comprometeu a utilizar 10% de biocombustíveis (biodiesel ou etanol) misturados aos combustíveis tradicionais até 2010.
A Marubeni investirá US$ 40 milhões na Agrenco Bioenergia e vai controlar 33% da companhia. Os demais 67% ficam com a Agrenco. É o primeiro investimento das empresas no setor. As informações são de Ana Paula Lacerda e Andrea Vialli para o O Estado de S. Paulo.
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