No total, 87 usuários opinaram na enquete. A participação dos leitores comentando seus votos foi recorde, evidenciando a importância deste assunto no cenário atual da atividade.
Acompanhe pela tabela abaixo o resultado completo da enquete:
De certo modo, as duas opções mais votadas estão relacionadas entre si de forma bastante coerente. Enquanto a cultura da maioria dos brasileiros não inclui produtos de origem caprina e ovina em seus hábitos alimentares, a propaganda seria justamente uma das ferramentas mais eficientes para reverter esse quadro.
Muitos usuários defenderam suas opiniões com argumentos e sugestões interessantes. O estudante de zootecnia Rodrigo Lemos Meirelles afirmou que a qualidade é o maior entrave do consumo. "Justifico a minha opinião pelo fato de compreender que muito do preconceito, da cultura, da falta de propaganda, se deve à falta de qualidade permanente de nossas carcaças ovinas. A falta de melhoramento genético adequado, o abate de animais mais velhos e a falta de inspeção, devido ao grande número de "vendas na porteira", desqualificam nossas carcaças. Com baixa qualidade o consumo seguirá limitado", explica Rodrigo.
Já Euclides Martins Sobrinho, pesquisador da Faculdade de Tecnologia Ciências e Educação, de Pirassununga, SP, acredita que o maior problema é a cultura dos brasileiros e apresenta sua sugestão: "um bom início para inserir esses alimentos num cardápio rotineiro seria as entidades ligadas à essa cadeia produtiva subsidiarem a inserção dos mesmos na merenda escolar."
Alguns fatores não foram colocados como opções na pesquisa mas foram levantado por muitos usuários, como a falta de oferta regular dos produtos nos pontos de distribuição. Déborah Assis Barbosa, consultora na região de Rio Preto, SP, e colunista do FarmPoint acredita que o problema está na "disponibilidade do produto e praticidade no preparo".
Ubaldino Dantas Machado, de Lavras, MG, apontou o mesmo problema. "Não se pode querer limitar o consumo de carne caprina baseado em uma das variáveis enumeradas, trata-se do conjunto delas e a mais importante é a falta de um produto de boa apresentação, padronizado e em quantidade suficiente para atender uma demanda reprimida. Consumimos 7,0 milhões de cabeças por ano. Tem mais?", questiona.
De acordo com a diversidade de opiniões levantadas, percebe-se que o reduzido consumo dos produtos de origem caprina e ovina é conseqüente de uma série de fatores combinados entre si e que dessa forma inúmeras iniciativas podem obter resultados satisfatórios.
Participe da próxima enquete do FarmPoint: O que você espera da ovinocultura ou caprinocultura, em sua região, no ano de 2007?
Marina A. Camargo Danés, Equipe FarmPoint
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