A implantação do bolo ruminal é um método agressivo para os animais, com risco de asfixia, com o risco sendo maior quanto menor o tamanho e a idade do animal. Além disso, grande parte dos produtores se mostra resistente ao sistema dado seu risco e o trabalho de sua colocação. Segundo o UPA, o sistema tange os limites do bem-estar animal; é um método de colocação complexo; o gado caprino regurgita o bolo, perdendo-se mais de 30% dos dispositivos em média; é claramente nocivo aos animais; e, o mais importante, não garante a identificação correta dos mesmos.
Segundo as verificações que a UPA realizou na União Européia (UE), atualmente não se está organizando um sistema de identificação homologado e coordenado no território europeu, inclusive há países que nem sequer começaram a implantar um sistema de identificação eletrônica e outros que pedem que não seja obrigatório, como é o caso do Reino Unido e da Áustria.
Por isso, a UPA pediu ao MAPA o cancelamento deste sistema e a busca de sistemas alternativos de identificação menos agressivos com os animais e sem custos para os criadores. A UPA conseguiu que o MAPA avalie a possibilidade de uma derrogação do sistema atual de identificação e o início da busca de um novo sistema coordenado e harmonizado para toda a UE.
Vale recordar que a maioria dos países da UE não está implantando sistemas de identificação eletrônica, mas somente realizando experiências pontuais em granjas. Por isso, sendo a Espanha o país com estudos mais avançados e o segundo rebanho mais importante de ovino e caprino da UE, deve liderar a identificação eletrônica, propondo alternativas que sirvam como modelo europeu.
A reportagem é do site da UPA (www.upa.es).
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