Entre ovelhas e cabras, a Espanha perdeu mais de 2,5 milhões de cabeças desde 2008 (-11,35%). Desse número, quase dois milhões de cabeças se perderam em 2011. A UPA recordou que desde 2009, o preço médio dos alimentos animais aumentaram em mais de 20% - e se esperam novas subidas para 2012 -, a gasolina agrícola se encareceu em mais de 40%, a energia elétrica aumentará em 7% nesse mês e os medicamentos para o gado também aumentaram de preço, ainda que o preço do leite e da carne de ovinos e de cabra não tenham aumentado na mesma medida, "de forma que os pecuaristas estão assumindo uma tremenda perda de rentabilidade", disse o secretário de Pecuária da UPA, Román Santalla.
O preço do leite de ovelha se manteve em 2011 a preços similares que em 2010 e, até agora em 2012, houve um pequeno aumento de entre 2,8% e 5,8%. Por outro lado, o leite de cabra arrastou durante todo 2010 o colapso do preço provocado pela redução das importações francesas no final de 2009. Em 2011 e até agora em 2012 tem havido uma recuperação no preço "ainda que não suficiente", disse a UPA.
O problema é, segundo a UPA, que o aumento dos custos é tão grande que o preço recebido pelos produtores não permite nem sequer cobrir o que custa um litro de leite. O leite de cabra e ovelha são matérias-primas para alguns dos melhores queijos do mundo.
Santalla tem pedido que as indústrias compradoras de leite sejam "responsáveis, compreensivas e solidárias" com a situação "crítica" dos pecuaristas espanhóis, "pagando pelo leite o preço que verdadeiramente custa produzir". A UPA reiterou seu apelo ao setor e às Administrações públicas diante da necessidade de garantir uma distribuição justa do valor dos produtos pecuários ao longo da cadeia.
"A manutenção do rebanho pecuário de nosso país é estratégica para o futuro das zonas rurais e de alguns dos produtos mais emblemáticos de nossa gastronomia".
A reportagem é do www.boletinagrario.com, adaptadas pela Equipe FarmPoint.
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