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Especialista comenta realidade da carne ovina

postado em 27/02/2009

2 comentários
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O colunista do FarmPoint Daniel de Araújo Souza (Consultoria/extensão), de Salvador, Bahia, comentou as cartas recebidas em seu artigo "SAG da carne ovina brasileira: resultados 2008 e perspectivas". Abaixo leia a carta na íntegra.

"Caros Vladimir, Gustavo, Edgar e Roberis,

Todos os pontos levantados por vocês são importantissímos e cruciais para o pleno desenvolvimento da cadeia produtiva no Brasil.

Como já foi colocado, a cadeia da carne ovina no Brasil, como uma estrutura formalizada, apenas começou a se desenvolver a uns 5 anos atrás, ou seja, é muito nova. Mas apesar disso, o potencial de crescimento horizontal e vertical é imenso e eu realmente acredito na ovinocultura empresarial no Brasil.

Um outro ponto que se deve ressaltar, é que não se pode comparar ou tentar traçar paralelos entre o mercado formal e o mercado clandestino. O mercado formal e informal existe em quase todos os segmentos agropecuários e na carne ovina não é e não será diferente. É preciso separar e distinguir essas 2 realidades contrastantes, embora algumas vezes elas se defrontem. Como exemplo cito a cadeia da carne bovina, a qual também acompanho, e se estima que aproximadamente 40% da carne bovina produzida no país é de origem clandestina.

Com isso, precisamos focar nossos esforços no desenvolvimento e crescimento do mercado formalizado, aquele mercado que está vinculado aos grandes centros, com demanda crescente e consumidores exigentes por produtos de qualidade.

Mas boa parte das soluções virá com o tempo pois creio que seja também uma questão de amadurecimento da própria cadeia produtiva. E isso leva algum tempo.

Bem, finalizando, gostaria de agradecer a participação construtiva de todos e continuem interagindo.

Grande abraço,

Daniel"

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Comentários

Carlos Roberto Conti Naumann

Colombo - Paraná - Frigoríficos
postado em 02/03/2009

A cadeia produtiva da carne ovina ainda encontra-se muito desorganizada. Porque verificamos essa situação? Por pura falta de escala no atendimento aos clientes consumidores, restaurantes e churascarias.

Com o abate clandestino em quantidade considerada grande, fica muito dificil o atendimento desta demanda, primeiro pelo proprio serviço de abater, outro de ter os animais para o abate na qualidade de carcaças desejada.

Os produtores de Ovinos para corte, necessitam ter o entendimento que isoladamente não se faz verão. Portanto, a criação de Cooperativas de produtores seria uma das saídas para o problema. Desta forma, teriam volume que criaria condições economicas de pensar em construir uma unidade de abate.

Paulo José Theophilo Gertner

Lauro de Freitas - Bahia - Médico Veterinário
postado em 08/03/2009

Meus amigos, o mal é maior do que se pensa!
Na região NE da Bahia, o abate, mesmo que clandestino, esta maior do que a capacidade de reposição do rebanho em virtude do aumento do consumo local, como é abate clandestino, não temos numeros. Porém em breve não teremos mais animais para abate, pois as matrizes não estão sendo repostas.
Nas feiras locais a cada dia vemos a diminuição do comercio de animais vivos!

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