"Tanto os dados da Pesquisa Pecuária Municipal 2007 quanto os do Censo Agropecuário 2006 mostram claramente um avanço bastante significativo da ovinocultura nas regiões Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste, assim como, uma forte retração do efetivo na região Sul, especialmente, no Estado do Rio Grande, nos últimos 10 anos.
No entanto, há indícios de que o rebanho sulista já encontra-se estabilizado e com perspectivas de retomada do crescimento para os próximos anos. Essa tendência vem de encontro com o volume de abates praticado no período entre janeiro e novembro do presente ano, onde houve uma queda de cerca de 17% em relação à 2007 que, por sua vez, impactou a produção doméstica de carne ovina, considerando que o RS é o mais produtor do país.
Embora possa haver a influência de fatores climáticos, afetando as taxas de parição e de mortalidade neonatal, essa redução no volume de abates também pode ser um indicativo de uma maior taxa de retenção de animais para propostas de reposição e reconstrução dos rebanhos comerciais, o que seria altamente positivo.
Dessa forma, a pecuária ovina nacional, como um todo, poderá experimentar uma fase histórica de aquecimento em todas as regiões, que poderá também ser impulsionada pelas condições macroeconômicas vigentes que tem tornado a taxa de câmbio pouco favorável às importações de carne ovina uruguaia, o que aumentará a competitividade da atividade, principalmente nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, onde a produção formal tem sofrido importantes incrementos."
Mariana Paganoti - Equipe FarmPoint
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