A norma do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), recomendando a entrada de carne ovina uruguaia, já está publicada no Registro Federal e recebe comentários. O MICA publicou que diz para as autoridades do USDA que "não existe justificativa para limitar a aprovação da exportação de carne ovina a cortes sem osso somente, o que limita a possibilidade do Uruguai de fornecer cortes de alto valor a esse mercado, como costelas e lombo com osso".
O MICA entende que "não há base científica para tratar a carne ovina com osso de maneira diferente", porque, do seu ponto de vista, o "Uruguai está livre de aftosa tal como determinado pela Organização Mundial de Sanidade Animal (OIE)".
Da mesma forma, os importadores de carne dos Estados Unidos se mostraram preocupados com o tempo que as carcaças devem ser retidas nos frigoríficos antes de se realizar a prova de acidez (pH). Com uma acidez de seis ou inferior a essa marca, dentro de 24 horas de abate, o vírus da febre aftosa se desativa. Por isso, para o MICA, "não tem sentido estabelecer um período de retenção maior". Hoje, a carne bovina exportada aos Estados Unidos - todas sem osso - deve cumprir uma maturação de 36 horas e sair com um ponto de acidez de 5,8, complicando a logística das plantas e encarecendo o produto. "Obtém-se uma acidez de 5,8 dentro das 24 horas após o abate".
O MICA informa ao USDA que o critério aplicado - de 36 horas de maturação para chegar a 5,8 de acidez - será inconsistente como muitos outros países que aprovaram a importação de carne ovina procedente do Uruguai, como é o caso do Canadá. Por isso, pedem que ao USDA que a norma final reflita a regra aceita a nível internacional (5,8 de acidez e maturação de 24 horas).
A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
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