Phil Lautner, dono de uma fazenda em Jefferson, Iowa, diz que há "vários anos" manda para abate reses geradas por matrizes clonadas. Ele disse que, no momento, possui entre 50 e 100 crias de reses clonadas. "Não há a menor diferença entre clones, crias de clones e crias de animais não clonados", diz ele.
A clonagem permite que os criadores reproduzam os animais com as características de seu interesse, como imunidade a determinadas doenças ou capacidade de produzir mais leite. Poucos têm usado essa possibilidade por causa do custo - cerca de US$ 20.000 por cabeça - e porque as autoridades reguladoras americanas pedem à indústria de alimentos que voluntariamente evite vender produtos feitos a partir de animais clonados.
Consumidores e grupos ativistas também resistem à comercialização desses animais por razões éticas, de saúde ou ambientais. Os animais clonados tendem a ter mais problemas de saúde no nascimento do que os gerados de forma tradicional e há muito poucos estudos de acompanhamento dos clones ou de suas crias durante todo o ciclo de vida.
A agência de segurança alimentar da União Européia divulgou relatório em julho admitindo que a clonagem animal "está à beira de amplo uso comercial e deve se expandir na cadeia alimentar global antes de 2010". O relatório também diz que alimentos oriundos de suínos e bovinos clonados são seguros, apesar da oposição de um painel da UE à venda desses produtos, por razões éticas. A Comissão Européia ainda não definiu nenhuma política sobre o assunto.
As informações são do jornal Valor Econômico, adaptadas e resumidas pela Equipe MilkPoint.
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