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EUA aprovam Lei Agrícola com grandes subsídios

postado em 02/06/2008

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Especialistas apontaram que a Lei Agrícola que acaba de entrar em vigor nos Estados Unidos é um retrocesso na luta contra os subsídios distorcivos e complica ainda mais as negociações da Rodada Doha. O pacote prevê uma ajuda de US$ 290 bilhões em cinco anos - sendo US$ 43 bilhões apenas para commodities - aumento no preço mínimo garantido para vários grãos, além de mais recursos para soja, trigo e açúcar e mais apoio ao algodão, cujos subsídios já foram condenados pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

"Os Estados Unidos perderam a melhor oportunidade de acabar com os subsídios agrícolas nocivos. Estamos com preços agrícolas recordes e a renda dos agricultores não para de subir. Se não reformamos os subsídios agora, quando vamos fazer isso?", comentou o presidente do Environmental Working Group, entidade que mapeia os subsídios, Ken Cook.

O presidente George W. Bush, que havia vetado a lei, queria que a ajuda aos agricultores fosse reduzida e se limitasse a indivíduos com renda de até US$ 200 mil por ano. Mas a lei permite que fazendeiros ricos, que ganham até US$ 1,25 milhão, sejam beneficiados.

"A Lei Agrícola de 2008 é uma desgraça nacional", escreveu o pesquisador do Peterson Institute for International Economics, Gary Hufbauer. "O Congresso abandonou qualquer reforma nos subsídios, partindo do pressuposto de que não faz mal ter um colapso de Doha, fazendo de conta que a fome na África não é problema nosso e achando que dar dinheiro a fazendeiros americanos milionários é ótimo", disparou.

Em Genebra, dentro das negociações da Rodada Doha, vários países já demonstram insatisfação com a aprovação. Para o professor de economia agrícola da Purdue University, Otto Doering, ao menos por ora os países em desenvolvimento não devem ser diretamente afetados porque os preços agrícolas estão muito altos.

As informações são de Patrícia Campos Mello, do jornal O Estado de S.Paulo.

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