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EUA: preços da carne ovina ainda estão fortes mas com tendência de queda

postado em 20/06/2011

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Os preços dos cordeiros seletos dos Estados Unidos vendidos nos leilões de San Angelo, Texas, deverão permanecer fortes devido à continuidade das baixas ofertas, de acordo com o relatório sobre previsões para o mercado pecuário do Serviço de Pesquisas Econômicas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado dia 15 de junho. Os preços, entretanto, deverão cair levemente com relação aos recordes alcançados no primeiro trimestre do ano.

Como os feriados religiosos terminaram, a demanda por carne de cordeiro diminuiu um pouco. Os preços do segundo trimestre deverão cair em cerca de US$ 18 com relação aos recordes do primeiro trimestre e deverão ficar em média em US$ 146-US$ 147 por 100 libras (US$ 322-US$ 324 por 100 quilos). No segundo trimestre de 2011, a produção de carne de cordeiro e de carneiro dos Estados Unidos está mostrando sinais de recuperação com relação às baixas no primeiro trimestre de 2011. A produção em abril foi de 6,5 milhões de quilos, quase 11% a mais que no ano anterior.

No segundo trimestre de 2011, a produção de carne de cordeiro e de carneiro dos Estados Unidos foi de 18,1 milhões de quilos, o mesmo nível do mesmo período de 2010. Porém, como as tentativas de reconstrução do rebanho continuam, a produção deverá ficar abaixo dos níveis de 2010 para o resto de 2011. As condições de clima seco no sudoeste dos Estados Unidos poderão influenciar os padrões de produção e de retenção para o resto do ano.

De acordo com o Centro Nacional de Dados Climáticos, o Texas e algumas partes do sudoeste estão tendo temperaturas acima da média e chuvas abaixo da média durante vários meses nesse ano, parcialmente causadas pelo forte fenômeno La Niña no Oceano Pacífico. As condições fora do padrão de seca desencadearam um início mais cedo que o normal da estação de incêndios em partes do Texas e do sudoeste do país. As condições de seca nessas áreas podem ter um impacto nas decisões dos produtores de reter e/ou manter os rebanhos ovinos.

O leilão de ovinos de San Angelo reportou um volume maior que o normal de cordeiros mais leves nas últimas semanas, o que pode ser uma indicação de que os produtores afetados pela seca e por incêndios estão fazendo vendas prematuras. Isso poderá se refletir em um menor nível de produção, devido principalmente aos menores pesos. Os meses de verão são tipicamente épocas de abates dos produtores de ovinos e as condições mais secas que o normal podem resultar em menos retenção e maiores taxas de abates de o normal.

No primeiro trimestre de 2011, as exportações de ovinos vivos dos Estados Unidos caíram 25% com relação ao mesmo período de 2010. As exportações de ovinos vivos ao México declinaram 66% com relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar de o Canadá também ter visto um declínio no primeiro trimestre nas compras de ovinos vivos dos Estados Unidos, o país vem tendo uma tendência de aumento nas compras de ovinos vivos dos Estados Unidos desde 2005. As maiores exportações de ovinos vivos dos Estados Unidos ao Canadá podem ser devido, em parte, ao fortalecimento da moeda canadense com relação ao dólar dos Estados Unidos, bem como à tendência de aumento geral na demanda de carne de cordeiro e de carneiro no Canadá. Em abril de 2011, o Canadá recebeu 6.784 cabeças de ovinos dos Estados Unidos, enquanto o México recebeu somente 1.643 cabeças.

A reportagem é do Meat&Poultry, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.

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