Na bolsa de Chicago, principal referência de preços para o comércio de grãos, o reflexo foi forte. Os contratos da soja em grão com vencimento em janeiro - que ocupam a segunda posição de entrega, normalmente a de maior liquidez - subiram 4,26% e alcançaram US$ 13,29 por bushel, maior valor desde 27 de agosto de 2008.
O cenário para o milho também não é tranquilo. As novas estimativas de produção do USDA indicam 318,5 milhões de toneladas, abaixo dos 321,7 milhões previstos em outubro.
No caso do milho, as exportações perderam ritmo e a estimativa agora é de saída menor de produto: 49,5 milhões de toneladas. A pressão virá do consumo do cereal na produção de álcool, que sobe para 122 milhões de toneladas. Com isso, os estoques finais recuam para apenas 6,2% do consumo.
As cotações agrícolas, que já têm os preços impulsionados pelos fortes investimentos do mercado financeiro, agora sofrem também os efeitos dos chamados fundamentos de mercado: a demanda continua forte e a oferta diminui. O primeiro contrato da soja foi a US$ 13,2 por bushel (27,2 quilos) ontem (09).
Tais turbulências levaram ontem o índice Reuters/Jefferies CRB, composto por 19 commodities, ao maior nível em 25 meses, com destaque também para as disparadas de produtos como cobre e ouro, além do algodão, que atingiu nova máxima em 140 anos na bolsa de Nova York. Na sexta-feira, o CRB completou 11 semanas seguidas de valorizações, no rally mais longo desde 1977.
As informações são do jornal Folha de S.Paulo e jornal Valor Econômico, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.
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