Entre outras consequências, os movimentos financeiros derivados dos tremores europeus estão provocando a queda do euro e a valorização do dólar. Referenciadas nas bolsas dos EUA, as commodities agrícolas costumam reagir negativamente ao fortalecimento da moeda americana, até porque as pujantes exportações agrícolas do país perdem competitividade. Para os preços agrícolas, o balanço das moedas também não é bom pelo lado dos europeus, que tem de gastar mais em suas compras - e a situação não permite excessos.
Na mesma linha de raciocínio, só que na frente dos fundamentos de oferta e demanda, o prolongamento da crise europeia tende a reprimir as compras no Velho Continente, importante destino das exportações mundiais de commodities. A União Europeia tradicionalmente é o principal destinos das exportações brasileiras do agronegócio, posto que passou a ser ameaçado - e usurpado em alguns períodos - pela Ásia, sempre puxada pelo apetite da China.
Em geral, a fase é de pessimismo e de previsões de queda das commodities nos próximos meses, exceto em casos de problemas na oferta.
As informações são do jornal Valor Econômico, adaptadas e resumidas pela Equipe AgriPoint.
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