O Brasil é um dos seis principais focos de atenção do bloco nos próximos dez anos e a União Europeia promete proliferar acordos bilaterais. A estimativa da UE é de que grande parte do crescimento no consumo estará nos países emergentes, e não em seu mercado doméstico. Sua própria avaliação é de 90% do crescimento mundial ocorrerá fora da Europa. Desse total, um terço virá da China. Portanto, a estratégia deixa claro que exportar terá de ser a solução para que a economia da UE continue crescendo. "Nossa prioridade na política comercial é ganhar acesso às economias que mais crescem no mundo e, em particular, por acordos comerciais", diz a estratégia.
Bruxelas não esconde que sua prioridade será conquistar os mercados da Ásia, derrubando barreiras comerciais. Acordos comerciais com Malásia e Vietnã estão entre as principais metas, além de um novo entendimento com a China. A UE ainda quer garantias de que terá acesso a matérias primas e minérios que abastecem suas indústrias, mas que hoje estão todos em solo de países em desenvolvimento.
O Mercosul promete também trazer ganhos para os europeus. Não tanto pelo tamanho do mercado que representa, mas em relação ao tamanho das tarifas que afirmam sofrer para exportar para a América do Sul.
Hoje, o Mercosul é o oitavo parceiro comercial da UE e representa apenas 2,5% de tudo o que os europeus exportam para o mundo, taxa inferior ao que representa o mercado indiano. Mas Bruxelas quer reduzir o déficit de quase 8 bilhões com o bloco, obtido em 2009. Para 2011, portanto, a meta é a de concluir o acordo que há onze anos já é negociado. Ainda neste mês, um encontro entre os dois blocos deve estabelecer a agenda de reuniões para o próximo ano.
A reportagem é do jornal O Estado de S.Paulo, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.
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