O programa brasileiro de etanol tem sido apontado por organismos internacionais como um dos responsáveis pela escassez mundial de alimentos, argumento refutado por representantes do governo e da iniciativa privada, que afirmam haver no país áreas disponíveis para o cultivo de grãos e de cana.
No debate, o superintendente técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Ricardo Cotta, destacou que a produção brasileira de grãos, estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em 140,77 milhões de toneladas na safra atual, está "aquém da capacidade do país". Segundo ele, os produtores brasileiros poderiam produzir mais se o governo investisse em logística para escoamento da produção.
Ontem, após reunir-se com a delegação do Parlamento Europeu que chegou ao Brasil no domingo, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse que o país tem a pretensão de aproveitar a alta dos preços dos alimentos no exterior para ampliar suas exportações, e apontou os Estados Unidos como "vilão" no contexto atual de alta das cotações.
Hoje os parlamentares participarão de uma reunião com deputados e senadores brasileiros. À tarde, viajarão para o município de Inhumas (GO), para visitar a Usina CentroÁlcool. Na quarta-feira o grupo visitará fazendas de pecuária no município de Campestre de Goiás, Palmeiras de Goiás e Nazário, todos em Goiás.
As informações são de Fabíola Salvador, do jornal O Estado de S.Paulo.
Elvis Luís Basso
Santo Ângelo - Rio Grande do Sul - Consultoria/extensão rural
postado em 29/04/2008
Gostaria de salientar a alta dos preços dos insumos agrícolas, principalmente fertilizantes que pelo que se sabe não teriam motivos para estarem nos patamares atuais.
Desta forma, se os europeus querem preços de alimentos mais baixos devem analisar a cadeia como um todo, pois os custos de produção estão muito elevados e trabalhar de graça ou é caridade ou escravidão.
Precisamos de lideranças que defendam a agricultura e pecuária em nosso país, afinal de contas por décadas ficamos a merce dos subsídios europeus e na primeira oportunidade que temos de aumentar nossas exportações ajudando os nossos agricultores, temos que fazer caridade.
Acredito que temos que reduzir custos em toda a cadeia principalmente nas grandes companhias de insumos que estão cada vez mais ricas e dividir a responsabilidade de abastecer o mundo com países desenvolvidos que tem muito mais capacidade de "fazer caridade".