Entre janeiro e novembro, o Brasil vendeu quase 9 milhões de toneladas de milho para o exterior e faturou mais de US$ 1,5 bilhão, em decorrência de um ano de safra recorde. O grão, que tradicionalmente abastece o mercado interno, ganhou força na pauta de exportação. O ano de 2010 deve fechar próximo do recorde de 2007, quando foram embarcadas quase 11 milhões de toneladas.
O presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), Sérgio Mendes, explica que as exportações tiveram crescimento em virtude da seca que atingiu o leste europeu, assim como em 2007. "Quando ocorrem intempéries climáticas como esta, é necessário exportar mais milho para suprir a falta de trigo. Se continuarmos com esse patamar de preços altos, será interessante para o exportador brasileiro, exportar além de soja, milho" - afirma Mendes.
Os exportadores admitem que o apoio do governo também foi essencial. Os leilões de PEP (Prêmio de Escoamento de Produto) ajudaram a compensar custos com frete e deram impulso às exportações. Foram quinze leilões este ano que custaram ao governo R$ 760 milhões.
Especialistas asseguram que as vendas para o exterior devem diminuir em 2011, pois o tempo seco e o consumo interno aquecido reduzem a oferta de milho para exportação. "Estamos prevendo uma safra um pouquinho menor, o apetite do mercado interno continua crescendo e vai crescer mais ainda. Então, somos muito modesto nas previsões de exportação" - finaliza o presidente da Anec.
As informações são do Canal Rural, adaptadas pela Equipe AgriPoint.
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