Os abates de cordeiros aumentaram significantemente durante 2012, com carcaças muito mais pesadas resultado de um maior nível de carne de cordeiro– facilitando o volume recorde exportado.
Com o aumento na oferta de cordeiros durante 2012, veio um declínio associado nos preços dos cordeiros, que em alguns casos ficaram na metade dos preços de 18 meses antes. Isso provocou um efeito na carne de cordeiro, tornando-a mais acessível nos principais mercados do Oriente Médio e China, enquanto também reacendeu a demanda em mercados como Estados Unidos e Canadá, onde os preços dos cordeiros aumentaram significantemente no ano anterior.
A região de maior crescimento em 2012 foi o Oriente Médio, com os envios de carne australiana aumentando em 48% (ou 16.801 toneladas) com relação ao ano anterior, para 51.788 toneladas. Esse crescimento foi sustentado durante todo o ano.
As exportações de carne de cordeiro à China também aumentaram de forma significante em 2012, em 17% (ou 5.049 toneladas), para 34.619 toneladas. Embora a maioria desse crescimento esteja em cortes tradicionalmente de menor valor como peito e flap, pescoço e carnes processadas, as exportações de shoulder também aumentaram.
Também houve uma recuperação nas exportações aos mercados tradicionalmente de maior valor da América do Norte – Estados Unidos (aumento de 7%, ou 2.333 toneladas, para 36.667 toneladas) e Canadá (aumento de 22% ou 833 toneladas, para 4.685 toneladas) - em 2012, apesar de os cortes que dominaram o aumento tenderam a ser os mais baratos.
A maior disponibilidade e os menores preços facilitaram uma forte recuperação nas exportações a Papua-Nova Guiné, que aumentaram em 28% (ou 2.888 toneladas) com relação a 2011, para 13.101 toneladas. Assim como ocorreu na China, a maioria desse crescimento foi nos cortes de peito e flap, e de pescoço, apesar de também ter havido aumentos nas vendas de shoulder, perna e carne processada.
Os declínios mais significantes nas exportações de carne de cordeiro em 2012 foram para a União Europeia (queda de 6%, ou 814 toneladas, para 12.116 toneladas), onde as condições econômicas ruins, especialmente na primeira metade do ano, limitaram a atividade de compra e na África do Sul (queda de 39%, ou 1.262 toneladas, para 1.951 toneladas).
A reportagem é do Meat and Livestock Australia (MLA), traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
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