Embora ainda se recuperando das perdas devastadoras na safra de cordeiros em 2010, os esforços de reconstrução do rebanho continuaram em várias regiões importantes na produção, restringindo a disponibilidade de cordeiros de exportação. Além disso, as melhores condições sazonais desde o verão permitiram que os produtores deixassem mais estoques para ganhar mais peso, ajudando a compensar os menores preços previstos, que foram prejudicados pelos maiores números do rebanho e o forte dólar neozelandês.
A União Europeia (UE) continuou sendo o maior destino de exportação na estação, apesar de os envios terem caído 14% com relação ao ano anterior, para 111.079 toneladas. Como resultado, a participação da região nas exportações de carne de cordeiro da Nova Zelândia caiu 6% durante o período, para 42% - sinalizando o recente declínio na posição da UE como um mercado de exportação de carne de cordeiro. Entretanto, a UE continua sendo um destino altamente valorizado, à medida que os retornos desses envios representaram 55% do valor das exportações de carne de cordeiro para a estação. Similarmente, a oferta geral reduzida de carne de cordeiro da Nova Zelândia e a lenta atividade econômica da América do Norte levaram as exportações aos Estados Unidos e caíram 15% com relação ao ano anterior, para 14.891 toneladas.
Enquanto a atividade comercial caiu em mercados tradicionalmente grandes de carne de cordeiro (UE e Estados Unidos), o fortalecimento dos mercados no Oriente Médio e Grande China levaram o produto neozelandês a ser absorvido em outras áreas, apesar de preços menores. As exportações ao Oriente Médio aumentaram 41% com relação ao ano anterior, para 32.656 toneladas, enquanto os envios à Grande China aumentaram 27% com relação ao mesmo período do ano anterior, para 58.272 toneladas.
Embora as exportações australianas tenham aumentado 8% de outubro de 2011 a setembro de 2012, os crescentes envios ao Oriente Médio e China aumentaram bastante a competição entre Nova Zelândia e Austrália, particularmente nos cortes que são direcionados a esses mercados. Os comerciantes australianos e neozelandeses estão encontrando condições cada vez mais difíceis dentro dos tradicionais mercados de carne de cordeiro da UE e dos Estados Unidos, com incertezas econômicas e movimentos de taxas de câmbio que significantemente reduzem os preços ao produtor.
A reportagem é do Meat and Livestock Australia (MLA), traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
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