A alta no custo de alimentos tem sido uma das razões de pressões inflacionárias tanto em países emergentes como nos desenvolvidos, o que inquieta os bancos centrais dessas nações. Em todo caso, o ex-ministro Rubens Ricupero, especialista em comércio internacional, já chamou a atenção que o índice da FAO parte de uma base distorcida - o ano de 1990, auge de queda de preços.
A FAO alerta que é prematuro concluir que a baixa de março representa uma inversão de tendência. Segundo a agência, é necessário ter mais informações sobre novos plantios nas próximas semanas para se ter ideia do nível da produção futura. O fato é que os baixos estoques, o impacto do preço do petróleo e os efeitos da destruição no Japão continuarão causando incertezas e volatilidade nos preços dos alimentos nos próximos meses.
As cotações internacionais de óleos e açúcar foram as que mais declinaram em março, seguidas por cereais. Já os lácteos subiram e de carnes também, ainda que pouco.
A matéria é de Assis Moreira, publicada no jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.
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