Os preços dos alimentos, que se mantêm em níveis altos, podem subir ainda mais, resultando em mais fome e subnutrição, aumento da pobreza, disparidades internas e entre países, e crescimento econômico mais lento, afirmou Graziano em entrevista à agência de notícias estatal chinesa Xinhua News.
Nos últimos dez anos, houve um aumento de 100% nos preços dos alimentos. A população mundial, por sua vez, deve atingir 9,2 bilhões até 2050. Para alimentar essa população, a produção mundial de alimentos deverá aumentar 60%, comentou Graziano.
Segundo o diretor da FAO, a região da Ásia-Pacífico enfrenta seus próprios problemas. "Por um lado, muitos países estão perto do limite da expansão agrícola; por outro lado, os altos preços dos alimentos e a volatilidade continuam sendo uma ameaça. O preço do arroz no varejo ainda está de 10% a 30% mais alto do que no ano passado em muitos países asiáticos."
Graziano disse que a FAO tem uma nova abordagem para a redução da pobreza e do desenvolvimento rural. Ela promove a diversidade agrícola, a preservação de fontes naturais essenciais, estratégias sustentáveis de controle de pragas, a redução de desperdício de alimentos e resíduos, e a disseminação de conhecimento para pequenos produtores.
Ele disse ainda que a China obteve grande progresso na redução da pobreza. "A China é um bom exemplo de redução da pobreza nas áreas rurais e de erradicação da fome."
A reportagem é de Angelo Ikeda, publicada na Agência Estado, adaptada pela Equipe AgriPoint.
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