A FAO acredita que o novo nível de preços será mantido mesmo diante de projeção de produção recorde de alguns produtos, como cereais. Algumas commodities tiveram os preços reduzidos nas últimas semanas, mas não há previsão de voltar aos níveis anteriores.
Desde fevereiro os preços médios de alguns produtos têm se estabilizado, mas o problema é que haviam aumentado 53% nos quatro meses anteriores.
Para a FAO, o impacto dos preços será significativo. Os países mais pobres terão de pagar US$ 169 bilhões neste ano para se alimentar, 40% mais que em 2007 e quatro vezes mais que o importado em 2000.
Os motivos das altas são variados, incluindo a explosão nos preços dos fertilizantes, o custo do frete, que duplicou em alguns casos, e a especulação. Esses fatores explicariam ainda a alta de 30% nos preços do açúcar e, principalmente, no comércio de milho, com até mesmo uma queda nas importações.
"Alimentos não são mais baratos como foram", afirmou o diretor-assistente da FAO, Hafez Ghanem, segundo reportagem de Jamil Chade, do jornal O Estado de S.Paulo.
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