O montante representa 17,7% dos R$ 3,4 bilhões autorizados ao programa para a safra 2012/13
A região Sudeste é a que mais buscou crédito do Programa ABC para financiar as lavouras. Com juros mais baratos, os agricultores tomaram R$ 268,3 milhões no período, ante os R$ 12,6 milhões do ano anterior em igual época. Entre os destaque do Sudeste, o estado de Minas Gerais que contratou R$ 85,2 milhões entre julho e setembro deste ano sobre os R$ 10,2 milhões registrados no mesmo período do ano passado. Na sequência das regiões, o Sul e o Centro-Oeste ocupam, respectivamente, a segunda e terceira colocação no ranking brasileiro de tomadores deste empréstimo. Nessas regiões, os estados que mais se destacaram na busca pelo financiamento foram o Mato Grosso do Sul, com R$ 52,8 milhões ante os R$ 3,7 milhões, e o Rio Grande do Sul, com R$ 67,1 milhões sobre os R$ 2,4 milhões do ano passado. O fortalecimento do ABC para melhor atender o seu objetivo, entre os quais a recuperação de pastagens degradadas, veio por meio de mais recursos e da redução da taxa de juros que passou de 5,5% para 5% ao ano.
Na avaliação do secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC) do Ministério da Agricultura, Caio Rocha, as medidas aprovadas pelo Governo Federal, sobretudo a ampliação de recursos e a redução dos juros das linhas de crédito disponíveis para financiar a agricultura, são determinantes para a ampliação da demanda por crédito e, neste caso específico, pelos financiamentos oriundo do Programa ABC. "Para o ano safra 2012/13, o ministro Mendes Ribeiro Filho determinou a alocação de mais recursos para o Programa e melhores condições para os financiamentos, reforçando o compromisso de fortalecer a agricultura sustentável no País. O resultado é a boa procura pelas operações já nos primeiros três meses deste ano pós lançamento do Plano Agrícola e Pecuário", avaliou Rocha. Ao todo, estão disponibilizados R$ 3,4 bilhões para o setor.
A matéria é do MAPA, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.
Augusto Alves Santana
Formosa - Goiás - Consultoria/extensão rural
postado em 09/11/2012
Não resta a menor dúvida de que a linha de crédito é muito oportuna para que o produtor invista em infraestrutura. Entretanto, a burocracia impede que os números do ABC sejam ainda melhores. Exemplo disso, é a exigência de dispensa de licenciamento para qualquer empreendimento, que fazem alguns agentes financeiros, como o Banco de Brasília.
No meu entendimento, a exigência é descabida, pois o programa se destina a financiamentos de projetos de "Baixa Emissão de Carbono". Portanto, bastaria ao Agente Financeiro a verificação se o financiamento pretendido está ou não no rol daqueles descritos nas normas da linha de crédito.