O dirigente sindical disse que o governo ''tem a responsabilidade de garantir um efetivo suficiente para acompanhar o crescimento do agronegócio. Não podemos esquecer que o setor corresponde a um terço do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil''. A entidade representa aproximadamente 3,2 mil profissionais, entre agrônomos, veterinários, químicos, farmacêuticos e zootecnistas, que atuam no Ministério da Agricultura. Os fiscais agropecuários atuam em portos, aeroportos, fronteiras, aduanas, frigoríficos, indústrias de alimentos e bebidas, análise laboratorial, na certificação e na promoção de políticas públicas.
Segundo Sá, a defesa agropecuária nacional passou mais de 21 anos sem realizar concurso público e os realizados em 2001, 2004 e 2006 solucionaram parte do problema com a entrada de 1,4 mil fiscais. Ele explica que mesmo com a contratação nos últimos concursos o efetivo não é suficiente para atender a demanda por causa do crescimento do setor agropecuário. ''Nos últimos 10 anos, o País teve um acréscimo de 340% no valor das exportações e seria necessário um aumento mínimo, imediato, de 46% no efetivo atual para acompanhar o mesmo ritmo do setor.''
Ele reclama que os fiscais trabalham no limite e que a categoria precisa, imediatamente, de mais 1,5 mil profissionais para atender a procura. Sá alerta para a falta de perspectiva na estruturação da carreira, que avalia ser preocupante, e cita um estudo realizado pelo Ministério da Agricultura que prevê aumento de 10,9 milhões de toneladas na produção de carnes bovina, de suínos e de frango nos próximos dez anos. ''No caso dos grãos, o crescimento será de 21,1% passando dos atuais 153,26 milhões de toneladas para 185,60 milhões. Porém, não há sinalização do governo para que o quadro dos fiscais agropecuários seja ampliado'', diz ele.
A matéria é de Venilson Ferreira, da Agência Estado, adaptada pela Equipe AgriPoint.
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