Em um relatório, a entidade explica a revisão argumentando que as dificuldades financeiras no mundo continuam agudas, apesar das várias políticas de incentivo adotadas recentemente em vários países, e que isso está atrapalhando a economia. "Uma recuperação econômica sustentável não será possível até que a funcionalidade do setor financeiro seja restaurada e o mercado de crédito seja desobstruído", diz o documento.
Ainda assim, o FMI prevê que a economia mundial deve passar por uma recuperação gradual em 2010, com crescimento máximo projetado para 3%. "Entretanto, este panorama ainda é bastante incerto, e o ritmo da recuperação vai depender de ações políticas fortes", diz o relatório.
O documento ressalta também que o PIB nas economias dos países ricos deve cair em 2% em 2009. Mas o FMI afirma que se forem tomadas mais medidas para ajudar a normalizar o mercado financeiro nestes países, pode haver uma recuperação no fim do ano e em 2010.
Já o crescimento nas economias emergentes e em desenvolvimento deve se desacelerar, caindo de 6,3% em 2008 para uma previsão de 3,3% em 2009. Os motivos para isso são a queda na demanda de exportações, o menor preço das commodities e a diminuição dos financiamentos externos.
O relatório do FMI lembra ainda que a queda nas atividades financeiras e no preço das commodities derrubou as pressões inflacionárias em todo o mundo.
Nos países emergentes e em desenvolvimento, a inflação deve cair para uma média de 5,75% em 2009 e 5% em 2010 - no ano passado ela era de 9,5%. Nas nações desenvolvidas, a inflação deve atingir uma baixa recorde de 0,25% este ano, antes de subir para 0,75% em 2010. Em 2008, foi de 3,5%.
As informações são do jornal Estado de SP, resumidas e adaptadas pela equipe AgriPoint.
Fábio Alves Lopes
Marília - São Paulo - Varejo
postado em 29/01/2009
Observamos o olhar pessimista do mercado internacional frente à crise. Não é nada surpreendente diante ao atual cenário. Previsões como essa, eram de se esperar.