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Foco de aftosa é confirmado no Reino Unido

postado em 06/08/2007

11 comentários
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Uma fazenda no condado de Surrey, a oeste de Londres, foi isolada depois de ter sido constatada a infecção de animais por febre aftosa na sexta-feira. O governo britânico criou uma zona de exclusão de três quilômetros e uma de vigilância de 10 quilômetros na área que circunda a fazenda. Além disso, o comércio e o transporte de suínos, ovinos e bovinos foi suspenso em todo o país.

Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, especialistas estimam que o impacto dessa crise pode ser profundo, já que a exportação de carne e de animais vivos chega a cerca de US$ 30 milhões (R$ 57 milhões) por semana.

O país ainda suspendeu voluntariamente as exportações de leite, carne e carcaças de animais para a União Européia. Veterinários do bloco devem chegar ao local hoje para avaliar a situação.

A Irlanda e os Estados Unidos cancelaram as importações de carne e derivados. O ministério da agricultura francês vai investigar produtos de origem animal importados do Reino Unido nos últimos dez dias.

Segundos especialistas, o Reino Unido está mais bem preparado para enfrentar a doença do que em 2001, quando um surto de aftosa levou ao abate de mais de 6 milhões de animais. "Hoje, temos estruturas administrativas, infra-estrutura e também capacidade científica", afirmou à rede BBC o biólogo Hugh Pennington.

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Comentários

João Adalberto Ayub Ferraz

Campo Grande - Mato Grosso do Sul - cria, recria, engorda
postado em 06/08/2007

"Hoje, temos estruturas administrativas, infra-estrutura e também capacidade científica", afirmou à rede BBC o biólogo Hugh Pennington", como se isso isentasse de responsabilidade.

O Reino Unido, e a Inglaterra, quer criar restrições ao sangue dos animais zebu. Eles antes de qualquer atitude, deverião olhar para o próprio "umbigo".

Emilio Moacyr Zanetti Junior

Cascavel - Paraná - Produção de gado de corte
postado em 06/08/2007

É o momento de um país desenvolvido como este rever seus conceitos sanitários antes de criticar o Brasil, que com toda sua extensão territorial tenta fazer sua parte cada vez melhor com uma classe pecuarista dedicada.

Jean Paul Carida

itu - São Paulo - Produção de gado de corte
postado em 06/08/2007

Nossa até "ontem" aftosa era coisa de pais subdesenvolvido, sem controle, etc.

Será que vão boicotar todo tipo de carne vermelha, será que irão fazer o mesmo terrorismo que fazem quando acontece aqui no Brasil?

Isso claro não é bom para nenhum pecuarista esperamos que eles logo solucionem o caso e voltem a normalidade, mas poderia servir para a arrogância européia baixar um pouco a crista, não poderia não?

Antonio Pereira Lima

Campo Grande - Mato Grosso do Sul - Consultoria/extensão rural
postado em 06/08/2007

Fico muito satisfeito em saber que nós brasileiros, estamos muito mais adiantados do que os ingleses. Enquanto no Reino Unido eles estão preparados para enfrentar a doença, palavras de especialista, aqui no Brasil estamos nos preparando para evitar a doença, e se hoje eles tem estrutura administrativa, infra-estrutura e capacidade científica para enfrentar a doença, nós brasileiros temos tudo isto e mais, a coragem, a garra e a determinação do produtor brasileiro, para evitar a doença, apesar de tanta humilhação.

No último foco que tivemos aqui no MS, foi excluído o estado todo, lá eles criam uma zona de exclusão de apenas 3 quilômetros, e uma zona de vigilância de apenas 10, enquanto que aqui no Brasil, o país ficou em vigilância.

Mas no fundo nós temos muito a agradecer, eles nos alertaram, cobraram, ensinaram, e nós aprendemos, e muito mais, aprendemos o pulo do gato, que é fazer o que eles dizem e jamais o que eles fazem.

Felipe Cordeiro

Presidente Prudente - São Paulo - Produção de gado de corte
postado em 06/08/2007

Aftosa no Reino Unido, essa é a tão rigorosa Europa altamente exigente e arrogante, eles precisam olhar mais o que eles tem lá naquele país e perceber que o mundo pede carne brasileira e ao invés de criticar nossos sistemas de criação que sem dúvidas é o melhor do mundo. Deveriam aumentar a rigorosidade do famoso EurepGap, e ai? Como que faz?

Vamos tomar uma pinguinha e ver o que eles vão dizer, com todo respeito!

Louis Pascal de Geer

Barretos - São Paulo - Consultoria/extensão rural
postado em 06/08/2007

Como disse: "O mundo é redondo e todo que vai, volta". Não sou sanitarista mas tenho as minhas duvúdas sobre o custo e risco do status de ser livre de aftosa sem vacinação.

Estou na Holanda e está claro que o assunto e sério com um proibição de exportação do Reino Unido para UE para carne e leite e seus derivados. Podemos ter a certeza de que o caso vai ser resolvido no Reino Unido e que eles sem dúvida podem e devem baixar a crista um pouco.

Nós no Brasil temos também muito a pensar e rever no assunto aftosa.

Daniel Dias Fernandes

Aquidauana - Mato Grosso do Sul - Consultoria/extensão rural
postado em 07/08/2007

Este acontecimento no Reino Unido mostra que a Europa também é vulnerável a aftosa e outras doenças. Será que a vaca louca foi realmente isolada?

Desta forma não podem nos ameaçar de embargo com a justificativa da rastreabilidade. Na verdade isso é protecionismo. O problema é político e agora é a hora do governo federal agir em prol do produtor nacional.

Marcelo Athayde

Campina da Lagoa - Paraná - Rastreabilidade e Certificação animal
postado em 07/08/2007

Tudo o que eu gostaria de saber é se neste momento tão difícil para os britânicos, a União Européia vai tomar as mesmas medidas tomadas perante o Brasil, se serão "bloqueadas" as exportações de animais para o resto do bloco durante 6 meses ou um ano. Ou será que realmente os europeus possuem dois pesos e duas medidas?

Os irlandeses irão agora criticar também o Reino Unido pelo que eles alegam como "descaso pela sanidade"? Ainda bem que o Sr. Markos Kyprianou ainda nos defende perante a OIE, e com certeza esse será um ótimo argumento para que os estados brasileiros bloqueados voltem a exportar.

E mais uma coisa: A UE alegou que a auditoria que será feita no Brasil em torno da rastreabilidade será mais rigorosa do que as anteriores. Poderiam aproveitar e fazer a auditoria no seu próprio quintal agora. Se a rastreabilidade deles é tão boa não haverá dificuldade para descobrir a fonte do foco.

Carlos Edson Peñaranda Bersatti

Trinidad - Beni - Bolívia - Consultoria/extensão rural
postado em 07/08/2007

Esto debe ser utilizado por el continente americano, particularmente por el bloque MERCOSUR que es el que tiene las mas grandes posibilidades de copar los mercados que deja la carne Inglesa, nos enseña a que con esta enfermedad no se puede bajar la guardia y que se debe trabajar sin dejarr bolsones de riesgo, esta es una política que se está implementando en el continente pero que va a un paso lento, hay que correr.

Marcus Vicente Petrosino

São José do Rio Preto - São Paulo - Indústria de insumos para a produção
postado em 07/08/2007

Quem são estes tais "especialistas" que disseram que o país está mais bem preparado para enfrentar a doença? Haja incompetência, pois o País dos caras é relativamente pequeno, é uma ILHA, é rico e com um rebanho muito menor que o nosso. Passaram seis anos e conseguiram ter um novo foco?

Imaginem se eles tivessem como vizinho um Paraguai!

Devemos com este fato, parabenizar nossas entidades de controle da aftosa no Brasil e cobrar do governo federal, mais recursos e uma política externa mais representativa e que abrace nossa causa com mais firmeza, colocando a "competência" dos países como o Reino Unido no seu devido lugar.

Alexandre Pedrosa Pinto

Varginha - Minas Gerais - Consultoria/extensão rural
postado em 08/08/2007

Por um lado esse fato serve para mostrar ao mundo que a aftosa não é coisa de país subdesenvolvido, porém não podemos achar que só porque na Europa apareceu um foco de aftosa nós podemos relaxar no combate a mesma.

Agora é o momento de unirmos toda cadeia produtiva e cientifica para juntos mostrar que somos capazes de controlar e resolver nossos problemas independente de cobranças internacionais, mas pelo simples fato de que somos capazes de vender qualidade e sanidade.

Não vejo motivo em se preocupar com as medidas que irão ser tomadas contra o Reino unido, o fato é que temos muito por fazer para agregar qualidade e confiança nos produtos brasileiros e é só assim, trabalhando em conjunto, que iremos acabar ou pelo menos reduzir as barreiras e a desconfiança da União Européia sobre os produtos brasileiros.

Vamos ficar antenados no que acontece no mundo sim, mas vamos principalmente buscar o melhor que somos capazes, sem muitos comparativos mas com muito trabalho.

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