A demanda por carne ovina no Brasil continua alta, porém, o Brasil ainda não consegue supri-la, o que o torna dependente de importações. A cadeia apresenta alguns entraves que dificultam o desenvolvimento da atividade e um dos problemas (quando fala-se em produção de carne) é a ausência de foco na produção, o que consequentemente interfere na padronização e na qualidade dos animais que são abatidos.
Alguns produtores estão investindo na ovinocultura de corte, e esta, quando bem gerenciada (assim como qualquer atividade), pode ser lucrativa para o criador visto que o mercado está aquecido.
Embasado neste contexto, o FarmPoint pergunta:
Você acha que os ovinocultores brasileiros estão mais focados na produção de carne ou acredita que ainda estão crus neste quesito?
Participe deixando o seu comentário no box abaixo:
Rafael Baggio - Médico Veterinário
Curitiba - Paraná - Produção de ovinos de corte
postado em 07/10/2011
Acredito que essa mentalidade está mudando, os produtores estão percebendo que a demanda pela carne seja ela de cordeiro ou cabrito é grande e que a necessidade principal no momento é produzir carne em quantidade (com padrão e qualidade exigidos pelo mercado, obviamente). Caso contrário, essa demanda vai retrair ou outros países vão dar um jeito de suprir, que já está acontecendo.
Mas dentro desse raciocínio, infelizmente muitos produtores ainda ficam apenas focados em genética, animais de elite, e esquecendo que formar volume para Corte. Esse mercado é importante sim, e muito, o melhoramento genético é fundamental, a base do progresso, mas no momento não é o principal, logo, minha pergunta é:
- Será que não estamos dando atenção demais para a Genética (animais de elite) e esquecendo de abastecer os restaurantes, os açougues e mercados? Tem muito consumidor querendo comprar, nós não estamos querendo vender?
Esse conselho regulador na NZ, New Zealand Meat Board é sensacional, é justamente o que nós precisamos para crescer de forma organizada e não produzir cada um do jeito que quer, formar volume, para depois ver o que o mercado quer e está disposto a pagar....
Fica esse debate
Abraço a todos