Fechar
Receba nossa newsletter

É só se cadastrar! Você recebe em primeira mão os links para todo o conteúdo publicado, além de outras novidades, diretamente em seu e-mail. E é de graça.

Fuga de especuladores derruba preços de commodities

postado em 05/09/2008

Comente!!!
Aumentar tamanho do texto Diminuir tamanho do texto Imprimir conteúdo da página

 

Depois de atingir o auge da valorização em julho, o preço das commodities pegou o caminho inverso. Segundo levantamento da RC Consultores, no mês passado o índice que engloba as principais commodities do comércio exterior brasileiro recuou 5% em relação a julho, refletindo o temor de uma desaceleração da economia mundial.

Na opinião de especialistas, no entanto, o movimento está menos associado ao estoque de matéria-prima e alimentos e mais ligado às operações dos investidores no mercado de commodities. O sócio-diretor da RC Consultores, Fábio Silveira, explica que entre julho de 2007 e julho deste ano, o índice saltou 52%. Entre julho de 2003 e julho de 2007, a evolução foi de 93%.

Segundo ele, o grande rally dos preços ocorreu entre 2007 e 2008, influenciado especialmente pela especulação dos investidores que buscaram no mercado de commodities a rentabilidade que os juros baixos e as ações já não davam mais. "Hoje, com as sinalizações de desaceleração da economia mundial, eles tiraram o pé do mercado e provocaram o movimento de baixa."

No curto prazo, a expectativa é que os preços das matérias-primas e alimentos continuem em queda por causa do nervosismo do mercado. Mas, por enquanto, ninguém se arrisca a dizer que se trata do estouro da bolha das commodities. Isso só ocorreria se o mundo entrasse em recessão. A expectativa é que o preço caia, mas fique em níveis superiores ao de 2007.

A explicação é que mercados emergentes vão continuar crescendo, destaca o professor de macroeconomia do Ibmec São Paulo, José Luiz Rossi. Na avaliação dele, haverá um recuo, mas os emergentes ainda vão apresentar crescimento de 6%, 7% em 2008, o que vai impactar no preço das commodities. "Temos de ver que a participação dos emergentes no mundo mudou nos últimos anos. Isso é uma coisa nova e ainda não sabemos direito como será a reação diante do recuo de outras economias."

O sócio da Paraty Investimentos, Marco Franklin, diz também que, no caso dos alimentos, há uma expectativa de a safra de soja ser menor que a esperada neste ano. Essa restrição na oferta pode segurar a queda.

A reportagem é de Renée Pereira, para o jornal Estado de SP.

Avalie esse conteúdo: (e seja o primeiro a avaliar!)

Envie seu comentário:

3000 caracteres restantes


Enviar comentário
Todos os comentários são moderados pela equipe FarmPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

Quer receber os próximos comentários desse artigo em seu e-mail?

Receber os próximos comentários em meu e-mail

Copyright © 2000 - 2024 AgriPoint - Serviços de Informação para o Agronegócio. - Todos os direitos reservados

O conteúdo deste site não pode ser copiado, reproduzido ou transmitido sem o consentimento expresso da AgriPoint.

Consulte nossa Política de privacidade