Segundo reportagem do Correio do Povo/RS, o engrossamento do produto não é exclusividade gaúcha. No Uruguai, aconteceu o mesmo, segundo o diretor da Divisão de Tops da Paramount Têxteis, Claudio Bortolini, uma das empresas incentivadoras da ovinocultura de lã no RS. Ele informou que, entre as décadas de 80 e 90, a lã de um ovino corriedale tinha, em média, 27 micras. Hoje, pode chegar a 30 micras.
Com o Programa de Melhoramento Genético da Ovinocultura de Lã, instituído no RS em 2004, a Paramount pretende auxiliar no afinamento. O programa prevê o uso de alta genética nos cruzamentos e a meta é aumentar um quilo por velo em cinco anos, além de obter mechas maiores. O uso de animais de raça ainda resulta em melhor coloração e exemplares mais resistentes a doenças.
Como parte do programa, a empresa dará início ao projeto Merino Fino do Brasil, a exemplo do que é feito no Uruguai. O país vizinho já produz mais de 1 milhão de quilos por ano de lã abaixo de 20 micras. O uso de genética propiciou a colheita de lãs de 15,1 micras. "O afinamento deve ser buscado com o uso de reprodutores e não com redução de alimentação", destacou.
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