"Não recuaremos", declarou, categórico, Lousteau. "Não aceitamos o método de bloquear as estradas por parte dos agricultores."
Pela manhã, irritados com a presidente, os agricultores reforçaram os piquetes em mais de 300 pontos nas estradas, impedindo o trânsito de caminhões com alimentos, medida que está provocando o desabastecimento nas grandes cidades do país.
O discurso de Cristina na véspera contra os agricultores teve o efeito - segundo os próprios manifestantes - de "jogar mais lenha na fogueira". Ela afirmou que os agricultores não passavam de "piqueteiros bem de vida".
Enquanto o impasse continua, o desabastecimento de alimentos faz aumentar a irritação da população com o governo. Ontem à noite, nas ruas de Buenos Aires, podia-se ouvir o mesmo som da véspera: os panelaços, que protagonizaram em 2001 a queda de dois governos. Na terça-feira, depois de seis anos, os argentinos retomaram a temida forma de protesto.
O ministro da Segurança e Justiça, Aníbal Fernández, afirmou que vai garantir o livre trânsito dos caminhões que transportam alimentos. "Aqueles que não entenderem isso serão presos."
As indústrias de laticínios suspenderam ontem o envio de seus produtos para o comércio. A carne já começa a faltar nas principais cidades do país. Frutas e óleo também já estão ausentes nas gôndolas.
As informações são do Jornal o Estado de S. Paulo.
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