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Governo estuda aumentar produção de fertilizantes

postado em 10/06/2008

6 comentários
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Ontem (9), em reunião com seus ministros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, discutiu a necessidade de tomar medidas para reduzir a dependência de fertilizantes importados, cujos preços estão em franca ascensão.

A questão, porém, esbarrou em problemas ambientais, em mudanças legais e na resistência da Petrobras em destinar mais gás para produzir adubos. O gás é a base para produção de nitrogenados, um dos componentes mais importantes na fabricação dos adubos. Os outros são potássio e fósforo.

Já a Vale informou que atua na produção de potássio e fosfato e que tem interesse em aumentar a produção.

No ano passado, o Brasil importou 75% do nitrogênio usado na indústria de fertilizantes, que somou 2,8 milhões de toneladas, segundo dados da CNA (Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária). A dependência externa do potássio é maior: 91% dos 4,2 milhões de toneladas vieram de fora. Enquanto isso, 51% dos 3,7 milhões de toneladas de fósforo foram importados.

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, tem insistido em que o gás brasileiro está em US$ 7 o milhão de BTU [unidade térmica britânica de gás]. Uma fábrica de fertilizantes se viabiliza internacionalmente na faixa de US$ 2.

No caso do potássio, a solução passa por cima de uma reserva indígena onde está a mina com potencial de exploração, em Nova Olinda, no Amazonas.

Para o fósforo, o governo estuda alterar a legislação atual e impedir que as empresas posterguem a exploração de minas por falta de interesse e também não deixem nenhuma outra companhia fazer o serviço. Mas isso pode demorar porque precisa passar pelo Congresso.

As informações são de Sheila D'Amorim, da Folha de S.Paulo.

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Comentários

Walter Jark Flho

Santo Antônio da Platina - Paraná - Consultoria/extensão rural
postado em 10/06/2008

Os atuais preços dos fertilizantes são alarmantes. Aumentaram, em alguns casos mais de 100%. O produtor não tem como arcar com estes custos. Com certeza haverá diminuição de uso e, como consequencia diminuição na produção.

Considero a questão fertilizantes estratégica. Não adianta ter solo, clima, bons produtores, se não tivermos fertilizantes a preços adequados. No atual nivel tecnológico dependemos de fertilizantes. Acho que ai está um bom tema para o ministro do planejamento a longo prazo estudar. Só que o prazo não pode ser tão longo assim.

Evandro Freire Lemos

Passos - Minas Gerais - Consultoria/extensão rural
postado em 10/06/2008

Senhor Presidente, espero que o Sr. e sua equipe sejam agéis, pois o plantio da safra 2008/2009 começa em aproximadamente 4 meses e nós produtores dependemos de fertilizantes com preços mais acessíveis.
Evandro.Passos - MG.

José Marcos Unes Ticle

Lavras - Minas Gerais - Produção de café
postado em 10/06/2008

O Lula está de fato mostrando sua identificação com a cadeia produtiva e com o verdadeiro Brasil. Seria bom que isso se transforma em realidade, pois a Petrobras é nossa, o solo com fósforo é nosso. Viva o Brasil!

Rubaldo Patresi Junior

Poços de Caldas - Minas Gerais - Produção de café
postado em 14/06/2008

Demorou, mas parece que nossos governantes estão realmente se interessando pela atividade que mais retorna em divisas ão nosso pais, parabens senhor presidente, Aguardamos ações !!!

wilson tarciso giembinsky

Paracatu - Minas Gerais - Produção de gado de corte
postado em 15/06/2008

Quando a Fosfértil foi privatizada, o grupo de grandes misturadoras que a comprou cortou o fornecimento de fosfato às pequenas misturadoras e as fizeram sair do mercado; aquelas que conseguiram fornecimento por meio judicial quebraram pela imposição de cotas de compras irreais.

As grandes misturadoras que compraram a Fosfertil e formaram o cartel, hoje atuam no mercado como se fossem concorrentes, mas na realidade é um monopólio; manteé os nomes originais mas quase todas, se não todas, pertencem a Bunge que praticamente esta sozinha e dita os preços.

O mesmo está acontecendo com o mercado de sementes: a maioria das produtoras de sementes de milho e soja que atuam no mercado pertencem a uma só empresa, embora mantenham seus nomes originais como se fossem concorrentes.

E na época em que isto começou a acontecer, duas grandes marcas de cerveja estavam se associando e todos, inclusive o CADE, ficaram preocupados com o monopólio da cerveja. O mesmo aconteceu com os chocolates. No caso de fertilizantes e sementes eu fiquei falando sozinho.

Cerveja e chocolate são supérfluos, você compra quando quer. Sementes e fertilizantes são a base do alimento; estes são assenciais, você é obrigado a comprar.

Isto é Brasil... onde a cerveja e o chocolate são mais importantes.

Carlos Alberto de Azevedo

Santa Maria - Rio Grande do Sul - Produção de gado de corte
postado em 16/06/2008

Bom dia,

O governo através da Petrofértil e Ultrafértil regulava o preço dos fertilizantes, mas por pressão das empresas de fertilizantes, acabou praticamente doando suas empresas, para a iniciativa privada.

O grupo Bunge comprou a Serrana Fertilizantes a Manah a Iap e a Takenaka e dizem que hoje, detém 60% do mercado de fertilizantes do Brasil.

O grupo Noruegues Hydro comprou a Adubos Trevo, outra grande empresa do setor e o grupo Cargil através da Mosaic completa hoje o monopólio dos três grandes grupos que detém segundo a midia 80% do mercado de fertilizantes do Brasil, tudo isso com a aprovação do governo, através do CADE.

Portanto, mais uma vez, nós produtores, estamos pagando pela incompetência de nossos politicos e governantes, que deixaram a situação chegar neste ponto e agora vão para a imprensa, demonstrar o quanto estão despreparados para levar o nosso Brasil ao lugar que deveria estar há muito tempo, que é o de celeiro do mundo.

Bons negócios a todos.

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