A questão, porém, esbarrou em problemas ambientais, em mudanças legais e na resistência da Petrobras em destinar mais gás para produzir adubos. O gás é a base para produção de nitrogenados, um dos componentes mais importantes na fabricação dos adubos. Os outros são potássio e fósforo.
Já a Vale informou que atua na produção de potássio e fosfato e que tem interesse em aumentar a produção.
No ano passado, o Brasil importou 75% do nitrogênio usado na indústria de fertilizantes, que somou 2,8 milhões de toneladas, segundo dados da CNA (Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária). A dependência externa do potássio é maior: 91% dos 4,2 milhões de toneladas vieram de fora. Enquanto isso, 51% dos 3,7 milhões de toneladas de fósforo foram importados.
O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, tem insistido em que o gás brasileiro está em US$ 7 o milhão de BTU [unidade térmica britânica de gás]. Uma fábrica de fertilizantes se viabiliza internacionalmente na faixa de US$ 2.
No caso do potássio, a solução passa por cima de uma reserva indígena onde está a mina com potencial de exploração, em Nova Olinda, no Amazonas.
Para o fósforo, o governo estuda alterar a legislação atual e impedir que as empresas posterguem a exploração de minas por falta de interesse e também não deixem nenhuma outra companhia fazer o serviço. Mas isso pode demorar porque precisa passar pelo Congresso.
As informações são de Sheila D'Amorim, da Folha de S.Paulo.
Walter Jark Flho
Santo Antônio da Platina - Paraná - Consultoria/extensão rural
postado em 10/06/2008
Os atuais preços dos fertilizantes são alarmantes. Aumentaram, em alguns casos mais de 100%. O produtor não tem como arcar com estes custos. Com certeza haverá diminuição de uso e, como consequencia diminuição na produção.
Considero a questão fertilizantes estratégica. Não adianta ter solo, clima, bons produtores, se não tivermos fertilizantes a preços adequados. No atual nivel tecnológico dependemos de fertilizantes. Acho que ai está um bom tema para o ministro do planejamento a longo prazo estudar. Só que o prazo não pode ser tão longo assim.