Fruto da necessidade de atacar enfermidades que comprometem a saúde animal e a comercialização, o programa é piloto no país. Em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), foi construído, a partir de demanda da Câmara Setorial da Ovinocultura, ao longo de dois anos de debates entre universidade e técnicos da Seapa.
Nesse período, eles estudaram programas sanitários de outros países ovinocultores e doenças de notificações obrigatórias que ainda não faziam parte da legislação estadual. Entre os objetivos estão controlar, erradicar e prevenir doenças. Em um primeiro momento, vai tratar da sarna e “piolheira” e a epididimite ovina. A epididimite causa declínio na eficiência do sistema de produção por reduzir ou até anular a fertilidade dos carneiros. Através da Portaria 163/2013, a Seapa colocou o programa em Consulta Pública.
O secretário da Agricultura destacou, no lançamento, que esta é mais uma medida do Governo do Estado inserida no programa de fortalecimento da ovinocultura. “Temos o Mais Ovinos no Campo, que é um sucesso e vem contribuindo para impulsionar o aumento do rebanho. Desenvolvemos em parceria com a ARCO e outras entidades, uma série de ações que buscam atualizar o produtor, melhorar a qualidade dos produtos e, com o Proeso, atacarmos a questão da sanidade, fundamental para nos habilitar a uma presença mais intensa em outros mercados”, explicou Mainardi.
“Somos o único estado da federação que tem e sempre teve legislações próprias para a sanidade ovina devido à importância histórica dessa espécie para a economia gaúcha. Até o final da década de 80 possuíamos uma população de mais de 13 milhões de ovinos. Com o passar dos anos este número decresceu. A criação dos Mais Ovinos possibilitou a que saíssemos de 3,5 milhões para mais de quatro milhões de animais em dois anos”, afirma Mainardi.
Como funcionará
O Departamento de Defesa Agropecuária (DDA) certificará estabelecimentos que aderirem e atenderem requisitos sanitários específicos de enfermidades regulamentadas pelo programa. Em princípio, a adesão será voluntária. Um comitê será responsável pelo gerenciamento. Participarão os serviços veterinários oficiais do Estado e da União, instituições de pesquisa e ensino, associações de criadores e setor produtor.
Histórico da defesa sanitária
Na década de 40, um decreto instituiu a obrigatoriedade do combate à sarna ovina. O documento ajudou a alavancar o trabalho na área de sanidade animal até os dias atuais. Em 1955, no entanto, outro decreto instituiu o combate ao piolho. Nos anos 70, se começou também a combater a hidatidose, parasitose ligada à ovinocultura e outras espécies. As três continuam a fazer parte do programa do Estado. Em meados da década de 2000, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) acenou com a possibilidade de implantar o que chamou de Programa de Sanidade Caprina e Ovina (PNSCO), o que acabou não acontecendo.
Mais Ovinos no Campo
O Rio Grande do Sul possui o maior rebanho de ovinos do país com cerca de quatro milhões de cabeças. Nos anos 80, esse número já foi bem maior: ultrapassava os 13 milhões. De lá pra cá, especialmente nos anos 90 e na primeira década dos 2000, a atividade foi praticamente esquecida em termos de incentivo pelos poderes públicos.
As informações são do Jornal A Plateia, adaptadas pela Equipe FarmPoint.
Pedro Porto
Vassouras - Rio de Janeiro
postado em 14/04/2014
Toda esta legislacao e so para Ingles ver. Nada sai do papel neste pais, siglas e nomes, temos um monte...Pnesco so o nome, nem funciona, nem tem gente capacitada, estamos vivendo um engodo nacional. O MAPA e uma brincadeira, e as DSA estaduais sao toda subordinadas a ele, so fazem o que ele permite.
A lingua Azul e o maior problema da sanidade do rebanho de ovinos no pais, e ninguem quer assumir a doenca, muito melhor fazer vista grossa e tocar o barco!
Temos a ovinocultura mais atrasada do planeta, perdendo ate para los ermanos da America Latina.
A culpa e de todos nos... lema no pais: cada um por si ,Deus por todos!