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Governo gaúcho enfatiza programa voltado à sanidade de ovinos

postado em 11/04/2014

4 comentários
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O Estado do Rio Grande do Sul é o primeiro no País a contar com um programa voltado à sanidade ovina. Na 41ª Exposição de Ovinos Meia Lã, o secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi, lançou o Programa Estadual da Sanidade Ovina (Proeso). O programa visa ampliar o controle sanitário do rebanho ovino gaúcho e, com isso, ampliar as possibilidades de comercialização.

Fruto da necessidade de atacar enfermidades que comprometem a saúde animal e a comercialização, o programa é piloto no país. Em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), foi construído, a partir de demanda da Câmara Setorial da Ovinocultura, ao longo de dois anos de debates entre universidade e técnicos da Seapa.

Nesse período, eles estudaram programas sanitários de outros países ovinocultores e doenças de notificações obrigatórias que ainda não faziam parte da legislação estadual. Entre os objetivos estão controlar, erradicar e prevenir doenças. Em um primeiro momento, vai tratar da sarna e “piolheira” e a epididimite ovina. A epididimite causa declínio na eficiência do sistema de produção por reduzir ou até anular a fertilidade dos carneiros. Através da Portaria 163/2013, a Seapa colocou o programa em Consulta Pública.

O secretário da Agricultura destacou, no lançamento, que esta é mais uma medida do Governo do Estado inserida no programa de fortalecimento da ovinocultura. “Temos o Mais Ovinos no Campo, que é um sucesso e vem contribuindo para impulsionar o aumento do rebanho. Desenvolvemos em parceria com a ARCO e outras entidades, uma série de ações que buscam atualizar o produtor, melhorar a qualidade dos produtos e, com o Proeso, atacarmos a questão da sanidade, fundamental para nos habilitar a uma presença mais intensa em outros mercados”, explicou Mainardi.

“Somos o único estado da federação que tem e sempre teve legislações próprias para a sanidade ovina devido à importância histórica dessa espécie para a economia gaúcha. Até o final da década de 80 possuíamos uma população de mais de 13 milhões de ovinos. Com o passar dos anos este número decresceu. A criação dos Mais Ovinos possibilitou a que saíssemos de 3,5 milhões para mais de quatro milhões de animais em dois anos”, afirma Mainardi.

Como funcionará


O Departamento de Defesa Agropecuária (DDA) certificará estabelecimentos que aderirem e atenderem requisitos sanitários específicos de enfermidades regulamentadas pelo programa. Em princípio, a adesão será voluntária. Um comitê será responsável pelo gerenciamento. Participarão os serviços veterinários oficiais do Estado e da União, instituições de pesquisa e ensino, associações de criadores e setor produtor.

Histórico da defesa sanitária

Na década de 40, um decreto instituiu a obrigatoriedade do combate à sarna ovina. O documento ajudou a alavancar o trabalho na área de sanidade animal até os dias atuais. Em 1955, no entanto, outro decreto instituiu o combate ao piolho. Nos anos 70, se começou também a combater a hidatidose, parasitose ligada à ovinocultura e outras espécies. As três continuam a fazer parte do programa do Estado. Em meados da década de 2000, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) acenou com a possibilidade de implantar o que chamou de Programa de Sanidade Caprina e Ovina (PNSCO), o que acabou não acontecendo.

Mais Ovinos no Campo

O Rio Grande do Sul possui o maior rebanho de ovinos do país com cerca de quatro milhões de cabeças. Nos anos 80, esse número já foi bem maior: ultrapassava os 13 milhões. De lá pra cá, especialmente nos anos 90 e na primeira década dos 2000, a atividade foi praticamente esquecida em termos de incentivo pelos poderes públicos.

As informações são do Jornal A Plateia, adaptadas pela Equipe FarmPoint.
 

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Comentários

Pedro Porto

Vassouras - Rio de Janeiro
postado em 14/04/2014

    Toda esta legislacao e so para Ingles ver. Nada sai do papel neste pais, siglas e nomes,  temos um monte...Pnesco so o nome, nem funciona, nem tem gente capacitada, estamos vivendo um engodo nacional. O MAPA e uma brincadeira, e as DSA estaduais sao toda subordinadas a ele, so fazem o que ele permite.
A lingua Azul e o maior problema da sanidade do rebanho de ovinos no pais, e ninguem quer assumir a doenca, muito melhor fazer vista grossa e tocar o barco!
Temos a ovinocultura mais atrasada do planeta, perdendo ate para los ermanos da America Latina.
A culpa e de todos nos... lema no pais: cada um por si ,Deus por todos!

Vitorino Fernandes Dorneles

Porto Alegre - Rio Grande do Sul - Consultoria/extensão rural
postado em 14/04/2014

O governo do Estado do Rio Grande do Sul vem, por meio de programas, estimular a ovinocultura no estado. Entendo, como importante estes programas, para promover e  desenvolver a atividade. Mas a um fato que atinge toda a estrutura de produção/resultado, que é a predação, dos ovinos, por cães. Em determinadas regiões, do Estado, já é determinante para a continuidade da atividade, ou não. Principalmente nas regiões de pequena propriedade que, por consequência, há maior proximidade entre as residências e também, por consequência, um maior numero de cães, por área. Vejo que, pela gravidade do fato e, pela falta de ação de controle, algumas pequenas propriedades deixarão de produzir ovinos. É caso de segurança social. Atenção senhores governantes.

Karin

Santa Cruz do Sul - Rio Grande do Sul - Consultoria/extensão rural
postado em 15/04/2014

Olá, Gostaria de ver com vocês do grupo e suas experiencias se vale a pena começar com uma pequena criação de ovinos em um sitio, especialmente visado para a carne das ovelhas.  qual numero de ovinos seria ideal para o manejo de 1 ou 2 pessoas e qual a quantidade de terra que devo separar para a atividade? se puderem me ajudar agradeço.

Nilo Leite Xavier

Dom Pedrito - Rio Grande do Sul - Produção de ovinos de corte
postado em 20/04/2014

O Governo do RS tem boas idéias. O que falta é implementar a execução dos Programas. Inclusive, antigos Programas Sanitários como é o caso de SARNA  E  PIOLHEIRA  OVINA. Essas duas parasitoses foram praticamente extintas nas Regiões da Campanha e Fronteira, onde está a maioria do rebanho ovino do Estado. Atualmente estão MUITO PRESENTES novamente. E, os serviços sanitários oficiais NÃO TEM mais pessoal disponível para um BOM combate e contrôle dessas enfermidades. E digo mais: a atual exigência de BANHOS PIOLHICIDAS, sem contrôle, no período de março/abril é  uma maneira de "lavar as mãos" para o problema. Cada um faz no dia que quer e como quer ! Como se esse "combate" fosse PREVENTIVO !!  Não é  ASSIM  que se faz  SANIDADE !!  As Entidades de OVINOCULTORES têm de se pronunciar a respeito e EXIGIREM um Programa que seja  EFETIVO. Falo isso como ex-funcionário desses Serviços: Veterinário atuante nessas atividades nos municípios de Arroio Grande e Dom Pedrito.

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