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Governo irá punir produtores rurais para pressionar aprovação do Código Florestal

postado em 16/05/2011

14 comentários
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Na tentativa de pressionar a bancada ruralista a aprovar sem modificações o Código Florestal, o governo está decidido a começar a punir os produtores rurais que não registraram a reserva legal em seus imóveis. A moratória para os produtores que cometeram crimes ambientais termina no dia 11 de junho. Segundo a presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), senadora Kátia Abreu (PSD-TO), 95% dos produtores rurais serão criminalizados.

"A nossa aflição de votar o Código Florestal é grande", disse Kátia. De acordo com ele, a maioria dos produtores rurais criminalizada pelo decreto é de pequenos e médios. "Mesmo que esse decreto fosse novamente prorrogado, ele traz insegurança jurídica. Nós queremos uma definição na lei", completou a senadora. O decreto que pune os produtores rurais já foi prorrogado duas vezes, mas agora o governo garante que as punições não serão novamente adiadas. Assinado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o decreto prevê multas entre R$ 50 e R$ 500 por hectare para os produtores que não entrarem com processo de regularização até 11 de junho.

Diante da maioria de ruralistas, o líder do PMDB, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), defendeu que o governo continue as negociações sobre o Código com o Congresso. Em sua avaliação, o Planalto vai cometer uma "injustiça", principalmente com os pequenos proprietários de terra, se o Código não for votado e o governo não prorrogar o início da cobrança das multas para os proprietários rurais que não registraram a reserva legal. "Não é possível que o Código fique parado por apenas um item em que não se chegou ao consenso", afirmou Henrique.

Para pressionar a bancada ruralista a aprovar o texto de Aldo Rebelo (PCdoB) sem alterações, o governo já avisou que o Código Florestal será todo vetado pela presidente Dilma Rousseff, caso o Congresso aprove a proposta da oposição que derruba o acordo para que o uso das Áreas de Proteção Permanente (APPs) seja definido por decreto presidencial e repassa aos Estados a prerrogativa de executar regularização ambiental. Com essa ameaça, o Planalto esperar convencer os deputados da base aliada ligados ao setor agrícola a aprovar o Código sem a emenda da oposição. "Vamos ter de sair do impasse e chegar a um entendimento", disse Henrique Alves.

Para ganhar tempo, os líderes governistas trabalham para não votar o Código na semana que vem. Já os líderes dos partidos de oposição pretendem insistir na votação do Código na próxima semana.

As informações são do jornal O Estado de São Paulo, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.

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Comentários

José Ricardo Skowronek Rezende

São Paulo - São Paulo - Produção de gado de corte
postado em 16/05/2011

É uma pena que uma matéria tão importante fique a merce de disputas políticas infindáveis. O Governo precisa entender que os produtores tem uma péssima experiência a este respeito com decretos-lei, medidas provissórias e outros atos do executivo. Tudo que querem é definir claramente as regras do jogo e não deixar que parte destas definições seja  protelada e, principalmente, transferida para o executivo. O executivo já tem claro o que fará a respeito das areas consolidadas em APPs? Então que elabore seu texto e o submeta a votação. Uma imensa parte da produção de arroz,  uva, maça e café nacionais estão em APPs. Também a ocupação de beiras de rios, especialmente na Amazonia, precisa ser considerada. São situações muitas vezes anteriores mesmo ao antigo Código Florestal.

ANTONIO AUGUSTO REIS

Varginha - Minas Gerais - Produtor Rural
postado em 16/05/2011

A pressão existe para os dois lados com as possibilidades de trancamento de pauta pelos opositores. Daí, antes de qualquer fechamento de questão, temos que contemplar o que importa para o país e atenuar as picuinhas.

Um dos pontos polêmicos do Código Florestal, a definição das culturas que poderão permanecer em áreas de preservação permanente, que o governo federal insiste em legislar, fica a pergunta : QUEM CONHECE MAIS O SEU TERRITÓRIO E SUAS PECULIARIDADES - O GOVERNO FEDERAL OU GOVERNO ESTADUAL ?

O relatório do Deputado Aldo Rebelo, até agora, é o que demonstrou maior equilíbrio entre preservação e produção.

O país não precisa desse jogo de empurra empurra para votar o código florestal. O mesmo precisa é da sua urgente aprovação para promover a segurança jurídica no campo, segmento este crucial para o Brasil e para o mundo.

Jucelino dos Reis

Cascavel - Paraná - Produção de gado de corte
postado em 16/05/2011

Porquê a CNA, federações, sindicatos, sociedades rurais não conclamam seus filiados e associados a suspender  as comercializações de seus produtos por apenas 60 dias.

Carlos Eduardo de Andrade

Viçosa - Minas Gerais - Pesquisa/ensino
postado em 16/05/2011

Nenhum outro país do mundo possui código florstal e o Brasil fica querendo fazer graça para com os países concorrentes, exportadores de alimento, que por sinal além de não terem código florestal dão um enorme subsídio aos produtores rurais.
Há um estudo aqui na Universidade Federal de Viçosa, especificamente no departamento de Eng. Florestal, que mostra claramente, que a determinação de topo de morro depende de um minucioso levantamento planialtimétrico.Também não existe nenhum estudo que mostra qual deve ser a largura da margem dos córregos e rios a ser preservada.
O que se está havendo em relação ao código florestal é a ideologia falando mais alto que a racionalidade e a pesquisa científica.Qualquer um que tem um mínimo de bom senso vê que deve ser feito um levantamento edafoclimatico para se determinar qual deve ser a largura das margens dos córregos e rios a serem preservada.Em cada topografia e tipo de solo se deve ter uma largura de margem.
Penso que se o governo radicalizar de um lado os produtores devem radicalizar do outro. Fazer tal qual os produtores Argentinos fizeram  a um tempo atraz. Deixarem  de  comercializar suas produções e assim levar o Brasil ao desabastecimento de alimentos . Enquanto no Brasil for essa fartura de alimentos e o povo das cidades adiquir alimentos a preço vil, os produtores rurais não serão respeitados.
Quem mais desrespeitou e mais poluiu e continua poluindo e continua desrespeitando o meio ambiente  até os dias atuais  é o povo da cidade.

werner

Treze Tílias - Santa Catarina - Indústria de laticínios
postado em 16/05/2011

O Governo quer ser o que mais contribui para a evolução do pais, mas com o que estão e querem fazer com a agricultura, que é abase de qualquer nação, principalmente as mais ricas, que defendem seus agricultores com a faca nos dentes. O nosso quer fazer o contrario, empobrecer o nosso Pais, levando a situação ja superada durante decadas de esforço, jogando tudo nolixo. Assim não consequirá eliminar a pobreza, mas aumentar ainda mais. Pois faltara alimento produzido no Brasil, tendo que importar a um preço com xerteza muito maior que o nacional que entrará em falta.

Basil Osorio Martyn costa

Sete Lagoas - Minas Gerais - Produção de gado de corte
postado em 16/05/2011

Mais uma vez essa nossa classe desunida vai ficar parada esperando no que vai dar esta polêmica.Façamos valer a força do campo, vamos boicotar as vendas de todos os produtos por algum tempo e mostrar que, quem manda somos nos.

Paulo Emilio Correa Trevisan

presidente prudente - São Paulo - Consultoria/extensão rural
postado em 16/05/2011

Se caso a presidente vete o Código Florestal por compromisso de campanha realmente irá mostrar que ela esta mal informada e sem uma assessoria técnica competente no assunto. O dep. Aldo Rebelo fez um trabalho de reconhecimento da situação florestal e agricola do país com muita competencia. será que ele nao merece crédito em seu trabalho ? Ele já foi da base governista. Ele viu a situação do país, fez várias reuniões com profissionais do assunto, audiencias públicas  ele esta lutando pelos produtores rurais porque sabe que a agricultura e pecuaria é de extrema importancia para a balança comercial do Brasil. Parece que estas pessoas que estão contra o texto do dep.  acham que comida nasce em supermercado.

Darlani de Souza Porcaro

Muriaé - Minas Gerais - Produção de leite
postado em 16/05/2011

Precisamos  mostrar  ao  governo de alguma forma , a  força  que  nós  produtores  rurais  temos  , mas  não a   usamos .  O  movimento dos  sem  terra  o governo  respeita e  inclusive  lhes  dá  ajuda  financeira, agora nós  possuidores  de  terra , mais  educado , um pouco  mais  tranquilo, o governo  está  sempre  querendo  nos  prejudicar . Está  sempre  querendo  que  nós  paguemos  a  conta  toda , de  um  Brasil   governado, em sua  maioria  por  corruptos, e com provas.

Benedito Umbelino de Souza Neto

Goiânia - Goiás - Consultoria/extensão rural
postado em 16/05/2011

O produtor rural desconhece o seu poder de negociar,o ser humano pode ser privado de quase tudo menos de alimento e agua, se os produtores somente  reduzirem sua produção pela metade por um ano mostraria seu poder e sua importancia, o que falta é reação , coragem, exigir respeito , que nossos representantes não cedam a ameaças, mostrem quem somos, que não temos medo de ameaça.

Benedito Umbelino de Souza Neto

Goiânia - Goiás - Consultoria/extensão rural
postado em 16/05/2011

Nos produtores rurais devemos mostrar que não temos medo de ameaças,como declarou a Senadora que 95% dos produtores serão criminalizados é so eles não produzirem alimento por um ano e mostrarão sua importancia, mostrando que não são bandidos, que tem que ser respeitado, não ficando a mercê de decisões de gabinete.

José Jairo Borges

Nova Resende - Minas Gerais - Produção de café
postado em 17/05/2011

           Será de grande valia  se se incorporar à reserva legal  de 20% da propriedade as áreas de APPs. Se isto acontecer já valeu a reforma do código.

    Na  esteria desta reforma do CÓDIGO FLORESTAL não  percebo que há um capítulo fazendo distinção entre área urbana e rural.

   Estas tem características distintas e assim devem ser encaradas quando se trata de manejo do solo ao longo dos cursos dágua e suas nascentes.

     Tão ou mais importante  que protejar os topos de morro e laterais de rios é não lançar nos cursos dágua dejetos humanos que os municípios, através de seus dirigentes  deixam fazer de gestão em gestão, sem que nada os pune.
   
    Agora vem máquina adminsitrativa FEDERAL ameaçando  punir quem abastece de alimentos a mesa de todos os brasileiros. É, no mínimo, ridículo falar em FOME ZERO e, ao mesmo tempo,  criminalizar quem produz alimentos.

     O Estado tem que ter sua parcela de responsabilidade no que diz respeito ao aproveitamento das águas pluviais, incorporando à engenharia das estradas tanto FEDERAIS, ESTADUAIS, e, principalmente, as municipais no sentido de construir bacias de captação de exuradas.
       A água, bem como o solo é patrimônio público e daí, a responsabilidade solidária entre proprietário   e Poder  Público na sua preservação.
       

       José Jairo Borges - Nova Resende-MG.
              









        

Marecelo Mendonça Garcia

São Paulo - São Paulo - Produção de gado de corte
postado em 17/05/2011

Porque aCNA nao convoca os produtores fecharem rodovias , banco do Brasil,ou ir para Brasilia efazer vigilia em frente ao congresso URGENTE.

adilson

Guaxupé - Minas Gerais - Produção de café
postado em 20/05/2011

o governo deveria olhar mais para as cidades onde jogam por minuto todos os degetos e poluentes nos rios, mão adianta nada isso os agricutores olham e cuidão das nascente para as cidades poluiram mais frente ew nada é feito a respeito , o governo deveria cobrar das cidade um plano onde todas as cidades limpasem os esgotos antes de jogarem nos rios  isso eu duvido que eles fazem porque e na cidade que estão os eleitores .

elisio antonio de oliveira

Juiz de Fora - Minas Gerais - Produção de leite
postado em 20/05/2011

   Nos Brasileiros erstamos precisando e de subsudio e nao de  punicao Drs. Politicos.

Pensem  um pouco para depois falar em punicao, (cuidado para nao os arrenpender). Boa sorte.

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