"Vai renegociar praticamente tudo, 90 por cento dos 87 bilhões de reais. Isso já foi transformado em medida provisória, estamos levando quase 30 dias para deixá-la em condições de assinatura porque tem tudo o que aconteceu em 30 anos nessa dívida", afirmou Stephanes após o início do 16o Seminário do Agronegócio para Exportação, promovido pela Fiesp em São Paulo.
A renegociação do endividamento rural pode aliviar dificuldades financeiras de milhares de produtores, principalmente na área de grãos, que saíram recentemente de uma das piores crises em décadas, e permitir novos investimentos para elevar a produção.
"Para se ter uma idéia, o texto da medida provisória tem 28 páginas e tudo indica que nesta semana será assinada". Anteriormente, as discussões entre o governo e o setor privado indicavam que a renegociação atingiria cerca de 76% do total da dívida.
Essa dívida, que remonta a 30 anos de pendências com o setor financeiro e que vem sendo prorrogada ano após ano, é considerada pelo ministro como um dos fatores que poderão ajudar o produtor a assegurar uma rentabilidade na próxima safra de verão, que começa a ser plantada no segundo semestre.
"Se o agricultor consegue ter renda e se capitalizar, ele aumenta a produtividade, então a renegociação de toda a dívida é importante, mas não é o único item (para estímulo da produção)", disse Stephanes, admitindo que o Brasil apenas conseguirá equacionar o problema do aumento de custos no médio e longo prazo.
As informações são de Roberto Samora, da agência Reuters.
haroldo geraldo sacramento
guaraí - Tocantins - Pesquisa/ensino
postado em 13/05/2008
Fico feliz em saber que, enfim, deixaremos de ver apenas medidas paliativas relacionadas à crise do endividamento agrícola brasileiro. Agora com essa medida Federal, poderemos exercer com mais confiança os planejamentos obtidos para o agronegócio brasileiro, uma vez que as negociações, diferente das prorrogações, darão fôlego e rentabilidade para a agricultura, fatos relevantes para a elevação da produtividade agropecuária do Brasil, fortalecendo cada vez mais o agronegócio, propulsor do superavit comercial brasileiro.