Animais ruminantes, como vacas e ovelhas, são uma das principais fontes de emissão de metano na indústria agropecuária, porque o processo de fermentação que acontece dentro de seu sistema digestivo provoca uma concentração do gás. Ministros britânicos dizem esperar que o estudo, financiado pelo Departamento de Ambiente, Alimento e Assuntos Rurais (Defra, na sigla em inglês), melhore a performance ambiental das fazendas do país.
"É muito instigante que essa nova pesquisa tenha descoberto que, simplesmente mudando o modo como alimentamos os animais na fazenda, tenhamos o potencial de fazer uma grande diferença no meio ambiente", disse o ministro da Agricultura Jim Paice. De acordo com o Defra, só a criação de gado em fazendas responde por 9% do total de emissão de gases de efeito estufa na Grã-Bretanha. Metade deste valor é consequência da criação de animais leiteiros como ovelhas, vacas e cabras.
Segundo os dados da pesquisa, aumentar a proporção de milho de 25% para 75% na ração utilizada na alimentação dos animais reduziria a emissão de metano em 6% para cada litro de leite produzido pelas vacas. O uso de capim rico em açúcar também reduziria as emissões em 20% para cada quilo de peso ganho pelos animais. No caso das ovelhas, aveia descascada pode reduzir a emissão de metano em 33%.
Mas a Defra disse que os benefícios das reduções a longo prazo terão que ser considerados "em comparação com outros impactos ambientais e com a praticidade e o custo de implementar (o método) nas fazendas." A pesquisa também afirma não estar claro se as mudanças realmente reduzem a quantidade de gases expelidos pelos animais ou se as mudanças na dieta aumentam os rendimentos totais de carne e leite e, por isso, diminuem a proporção de metano produzido por quilo de carne ou litro de leite.
As informações são do jornal O Estado de São Paulo, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.
Érique Costa
Porto Velho - Rondônia - Produção de ovinos
postado em 31/03/2011
"A pesquisa também afirma não estar claro se as mudanças realmente reduzem a quantidade de gases expelidos pelos animais ou se as mudanças na dieta aumentam os rendimentos totais de carne e leite e, por isso, diminuem a proporção de metano produzido por quilo de carne ou litro de leite."
De forma simplista e resumida: o fornecimento de maiores proporções de alimentos mais ricos em carboidratos de fácil digestão aumenta o nível energético da dieta. Assim, com mais energia no organismo, há maior metabolismo (maior crescimento, ganho de peso, produção de leite, etc.), fazendo com que as contas realmente diminuam, uma vez que se distribui o volume de gases sobre uma maior quantidade de quilos de leite ou carne.
Creio que a resposta para redução das emissões já esteja desvendada a décadas: ionóforos.
Aí sim!
Att.,
Érique Costa.