A nova possibilidade de investimento foi confirmada pelo presidente do Secretariado Uruguayo de la Lana (SUL), Gerardo García Pintos, que junto com outros diretores da entidade se reuniu com a equipe de técnicos neozelandeses. O grupo já tinha visitado o Uruguai há uns meses e também esteve visitando outros países da região.
Para Pintos, o maior desafio que o setor enfrenta hoje é "tirar da cabeça que o ovino é um mau negócio". Hoje é o contrário, disse ele. O cordeiro pesado está custando US$ 2,45 por quilo, enquanto o novilho gordo está custando US$ 2,20 por quilo de carne. Os frigoríficos também estão pagando mais pela ovelha enviada ao abate que pelas vacas gordas, algo que "nunca se tinha visto". Isso porque a carne ovina está enfrentando uma demanda muito alta, apesar de, no caso do Uruguai, não terem sido abertos os mercados de maior valor: Canadá, Estados Unidos e México. Por outro lado, há grandes possibilidades de aumentar os negócios com a União Europeia (UE), explorando nichos.
Os ovinos têm possibilidades de crescer dentro da produção agropecuária uruguaia, aproveitando o espaço deixado pelos bovinos por causa da seca e pelos bezerros que não serão produzidos. Em paralelo, Pintos disse que vem ocorrendo um fenômeno novo: existe uma maior interação entre ovino e grãos. "Vários grupos já estão incorporando a engorda de cordeiros nas rotações de cultivos de grãos". Essa prática está bem arraigada nos grupos agrícolas argentinos.
Por tudo isso, nessa safra "aumentará a demanda de cordeiros para invernar, o que garante que o ovino tem mais espaço para crescer com a intensificação".
A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
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