Ele surpreendeu ao abordar o tema reforma agrária com desenvoltura. Guedes disse que os trabalhadores sem-terra cometem "seus excessos, mas têm direito de se organizar" para reivindicar a polêmica revisão dos índices de produtividade no campo.
Mas também foi direto ao defender a revisão dos índices, que depende de uma decisão política do presidente Lula. "Precisa ser revisto mesmo. A produtividade da soja é de 900 quilos por hectare [no atual índice]. Quem produzir menos de 2.500 quilos está quebrado".
Notícia de Mauro Zanatta para o jornal Valor Econômico, informou que o rendimento médio da soja na safra 2005/06 ficou em 2,4 mil quilos/ha, ou 8,8% superior aos 2,2 mil quilos/ha do ciclo 2004/05, muito prejudicado pela forte estiagem no Sul do país. "Ou muda a Constituição ou muda o dado objetivo dos índices de produtividade", sentenciou o ministro.
Estudioso do tema, Guedes defendeu um prazo para o fim da reforma agrária e a criação de um órgão exclusivo para concluir o processo no país. "O Japão redistribuiu 40% de suas terras em 22 meses. O Brasil levou 42 anos e não terminou. A reforma agrária tem que ter um prazo para ser concluída. E tinha que ter um órgão específico".
Rodrigo Rochael Guerra
Araguaína - Tocantins - Produção de gado de corte
postado em 29/08/2006
As eleições estão chegando e temos que votar em pessoas de nosso meio, para que nos defenda deste tipo de mecanismo de desapropriação ilegal, como esta mudança de índice de produtividade ridícula, que nenhum produtor conseguiu ou conseguirá, principalmente porque estamos todos falidos.