A Tendências Consultoria Integrada projeta crescimento de apenas 1% para o consumo das famílias neste ano. Em 2008, o consumo das famílias aumentou 5,4%. "O desempenho do consumo das famílias em 2009 será o menor desde 2003, quando houve um recuo de 0,8%", observa a economista da Tendências, Marcela Prada.
Além das restrições na aprovação do crédito, que já começaram a ocorrer, Marcela pondera que o impacto do desemprego na renda vai ampliar a retração nas compras de bens duráveis e não duráveis, como alimentos e produtos de higiene e limpeza nos próximos meses.
Além de compra de bens, o consumo de serviços financeiros, aluguel de imóveis, despesas com informação, transporte, saúde e educação, por exemplo, recuou 0,4% no último trimestre de 2008 na comparação com o terceiro trimestre. Dependente da renda, o setor de serviços sentiu o impacto das demissões e da consequente redução do consumo ocorridas no ano passado. Para o economista da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio), Guilherme Dietze, o fator determinante da queda no último trimestre de 2008 para o setor foi a redução do consumo das famílias, no mesmo período.
Como a economista da Tendências, Dietze diz que a redução do consumo das famílias deve continuar no primeiro trimestre deste ano. "Prevemos um cenário negativo no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, até porque partimos de uma base de crescimento muito forte em 2008."
A matéria é de Márcia De Chiara e Paulo Justus, publicada no jornal O Estado de S. Paulo, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.
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