O menor ritmo da inflação também pode ser medido pela taxa acumulada em 12 meses, que subiu 4,17%, até outubro, abaixo da meta de 4,50% estipulada pelo Banco Central (BC). É a menor alta desde outubro de 2007, quando a inflação em 12 meses chegava a 4,12%. Outro dado que evidencia a menor intensidade da inflação é relativo há um ano: em outubro de 2008, a taxa em 12 meses chegava a 6,41%.
A inflação acumulada em 2009, de 3,50%, tem um perfil baseado na alta dos produtos não alimentícios. Eles respondem por 85% dessa taxa, influenciado pela alta de 6,94% das despesas pessoais, 6,02% das despesas com educação, e de 4,86% dos custos com saúde e cuidados pessoais. Entre os dez itens com maior contribuição na inflação este ano, apenas um (refeição fora de casa) está ligado ao grupo alimentício.
Por outro lado, os alimentos têm alta de 2,33% de janeiro a outubro. No ano passado, a inflação desse grupo chegou a 11,11%. O preço das carnes, por exemplo, caíram 5,06% nos primeiros dez meses, contribuição negativa de 0,12 p.p. (ponto percentual). O feijão carioca tem retração de 32,10% no período, impacto negativo de 0,08 p.p.
"Pelo menos até o fim do ano, não há perspectiva de mudança nisso. Não há previsão de grandes impactos entre os alimentos. Não devemos ter surpresas até o fim do ano", afirmou a coordenadora de Índice de Preços do IBGE, Eulina dos Santos.
A matéria é de Cirilo Junior, publicada na Folha Online, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.
Paulo Luís Gonçalves Campelo
Belo Horizonte - Minas Gerais - Consultoria/extensão rural
postado em 12/11/2009
Acredite quem quiser !!!