Na comparação com o quarto trimestre de 2008, o PIB cresceu 4,3%. Dentre as atividades econômicas, destacaram-se os serviços (4,6%) e a indústria (4,0%), enquanto a agropecuária teve queda (-4,6%).
No acumulado no ano de 2009, em relação ao mesmo período de 2008, o PIB variou -0,2%. Nessa comparação, a agropecuária (-5,2%) e a indústria (-5,5%) tiveram quedas, enquanto os serviços (2,6%) cresceram. Assim, segundo as informações das Contas Nacionais Trimestrais, em 2009, o PIB em valores correntes alcançou R$ 3.143 bilhões. Como em 2009, a população brasileira cresceu 0,99%, o PIB per capita ficou em R$ 16.414, sofrendo uma queda de 1,2%, em volume, em relação a 2008.
Na comparação do quarto trimestre de 2009 com o quarto trimestre de 2008, a taxa negativa da agropecuária pode ser, em grande parte, explicada pelo desempenho de alguns produtos que possuem safra relevante no período, caso do trigo e da laranja, que tiveram quedas de produção no ano, de 16,0% e 0,3%, respectivamente. As estimativas para a pecuária e a produção da silvicultura e da exploração florestal apontam também um fraco desempenho no quarto trimestre de 2009.
Na atividade industrial (4,0%), o destaque foi o crescimento de 5,6% da indústria extrativa mineral, explicado principalmente pelo aumento de 5,7% na produção de petróleo e gás. Em seguida veio a indústria de transformação (4,7%). A construção civil cresceu 2,5%, beneficiada pelo aumento das operações de crédito direcionadas à habitação; enquanto eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana aumentou 1,4%.
Entre os serviços (4,6%), os maiores destaques foram para intermediação financeira e seguros (8,5%); comércio (8,1%); e transporte, armazenagem e correio (5,4%), os dois últimos influenciados pelo desempenho da indústria. As demais variações foram as seguintes: outros serviços, 3,5%; administração, saúde e educação pública, 3,2%; serviços de informação, 2,1%; e serviços imobiliários e aluguel, 1,5%.
Dentre os componentes da demanda interna, o maior destaque foi o crescimento de 7,7% da despesa de consumo das famílias - o 25º seguido nessa base de comparação -, influenciado pela continuidade do aumento da massa salarial real e do crédito para as pessoas físicas e pelo fato de a base de comparação ser o quarto trimestre de 2008. A despesa de consumo da administração pública cresceu 4,9%, e a formação bruta de capital fixo, após três trimestres de queda, aumentou 3,6%.
Pelo lado do setor externo, as exportações caíram 4,5%, enquanto as importações aumentaram 2,5%, ambas com desempenho superiores aos três primeiros trimestres do ano de 2009.
No ano
Em 2009, o PIB brasileiro variou -0,2% em relação a 2008. Nos anos recentes, após o 3,2% de crescimento em 2005, a taxa acumulada em 12 meses acelerou até atingir o pico de 6,6% no terceiro trimestre de 2008. Em seguida, houve desaceleração, chegando a -1,0% no terceiro trimestre de 2009 e fechando o ano em -0,2%, conforme o gráfico abaixo.
A queda da agropecuária em 2009 (-5,2%) se deveu à redução na produção de culturas importantes, como o trigo (-16,0%), o milho (-13,5%), o café (-12,8%) e a soja (-4,8%).
Na indústria (-5,5%), todas as atividades apresentaram queda, sendo que a maior foi na indústria de transformação (-7,0%), seguida pela construção civil (-6,3%), e pela eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (-2,4%). A extrativa mineral registrou variação de -0,2%, com crescimento de 5,7% na produção de petróleo e gás e queda de 22,3% na extração de minérios ferrosos.
No setor de serviços (2,6%), os resultados foram positivos para intermediação financeira e seguros (6,5%), outros serviços (5,1%), serviços de informação (4,9%), administração, saúde e educação pública (3,2%) e serviços imobiliários e aluguel (1,4%). Por outro lado, os serviços ligados à indústria de transformação tiveram queda: comércio atacadista e o varejista (-1,2%) e transporte, armazenagem e correio (-2,3%).
Na análise da demanda, a despesa de consumo das famílias cresceu 4,1% em 2009, sexto ano consecutivo de aumento. A despesa do consumo da administração pública também aumentou (3,7%), por outro lado, a formação bruta de capital fixo caiu 9,9%.
No âmbito do setor externo, as exportações tiveram redução de 10,3%, e as importações, de 11,4%. Desde 2005 o desempenho em volume das exportações não era superior ao das importações.
As informações são da IBGE, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.
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