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IBOV: Santander, Hypermarcas e Marfrig perto do índice

postado em 13/07/2010

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A próxima carteira teórica de ações do Ibovespa (IBOV), índice que acompanha os papéis mais negociados na BM&FBovespa e é recalculado a cada quatro meses, poderá incluir as companhias Marfrig (MRFG3), Hypermarcas (HYPE3) e Banco Santander Brasil (SANB11) em sua composição. A entrada das empresas na nova configuração do índice, válida entre setembro e dezembro de 2010, foi calculada pelo Banco Santander com base na liquidez e volume de negócios dos papéis, entre outros fatores. De acordo com o estudo divulgado ontem (12), os pesos para as novas empresas no índice devem ficar em 0,71%. Não é prevista a saída de nenhuma companhia. A primeira antecipação oficial da nova configuração do índice será divulgada no dia 1º de agosto pela BM&FBovespa.

O Santander trabalha com o aumento de peso para três setores. Para quem achava o índice concentrado em mineração e petróleo, pode esperar um peso ainda maior desses setores. A maior variação deve ser registrada por mineração, ao passar dos atuais 13,84% para 15,84%. Nesse grupo, a estimativa é de que a fatia das ações preferenciais (PN, sem voto) classe A da Vale tenha um aumento de 1,53%, para 10,97%. O setor de petróleo e gás deve subir de 16,87% para 18,46%, puxado por OGX Petróleo, com aumento estimado de 1,38%, para 4,17%. Petrobras PN, por sua vez, deve se manter com um fatia de 9,6% no índice.

Por último, a fatia do varejo deve aumentar 0,29%, para 5,22%, justamente pela entrada de Hypermarcas. Para todos os demais setores, a estimativa do Santander é de redução do peso, com maior impacto para energia e saneamento. A participação do setor deve cair de 7,50% para 6,26%, puxada pela redução de 0,32% de Cemig, para 1,12%.

Além de Vale e OGX, o Santander espera aumento de peso no índice de Banco do Brasil (+0,46%), PDG Realty (+0,34%) e Brasil Ecodiesel (+0,29). Todas essas empresas também devem sofrer pressão de compra dos fundos. Entre os destaques, o banco estima um volume potencial adicional de compra de R$ 309,8 milhões para Vale e R$ 278,5 milhões para OGX.

Na contramão, devem perder participação, além de Cemig, BM&FBovespa (-0,72%), Brasil Foods (-0,68%), Bradesco (-0,52%) e Itaúsa (-0,33%). Para essas empresas, o Santander espera pressão de venda, principalmente para BM&FBovespa, de R$ 144,5 milhões, Brasil Foods (R$ 138,3 milhões) e Bradesco (R$ 105,4 milhões).

Ontem, o Ibovespa começou o dia em alta, mas, na segunda metade do pregão, virou, com os investidores embolsando lucros dos últimos dias. No fechamento, o Ibovespa caiu 0,81%, para 62.960 pontos. A maior pressão veio das "blue chips".

Na visão do gestor de renda variável da Modal Asset, Eduardo Roche, apesar de atrativa, Vale, que recuou 1,74% ontem, deve seguir pressionada pelas incertezas quanto à desaceleração da China e à recuperação global. "As commodities estão em xeque."

A matéria é de Alessandra Belloto, publicada no Jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.

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