Plantios localizados próximos a propriedades rurais são inspecionados periodicamente. As possíveis irregularidades observadas nas práticas de manejo serão repassadas aos departamentos técnicos das usinas para evitar que os bovinos sejam alvos da mosca. A ação é feita em parceria com as prestadoras de serviços das próprias empresas.
Sendo assim, o IMA orienta que adotem práticas de manejo que mantenham os canais de irrigação limpos e que reduzam a quantidade de vinhaça (subproduto da cana) despejada na palha. Além disso, é importante que haja a supervisão de vazamentos decorrentes da irrigação, observando principalmente o acúmulo de poças de vinhaça, o que colabora diretamente para a proliferação da mosca.
Já os produtores que exercem atividade pecuária próximo a áreas de produção das usinas devem procurar um escritório do IMA quando notarem um alto índice de moscas na propriedade. Neste caso, os fiscais do Instituto procuram possíveis locais de reprodução na propriedade e verificam se há o excesso de irrigação com vinhaça.
Para o diretor-geral do IMA, Altino Rodrigues Neto é necessário uma comunicação permanente entre o IMA e os pecuaristas para que haja um controle ativo e eficaz nas propriedades. "Nesta época do ano, que costuma ser mais quente, é preciso redobrar os cuidados e a atenção. São medidas preventivas que visam preservar também, a cadeia produtiva da carne", acrescenta.
O engenheiro agrônomo do IMA de Frutal, Waldemar Mundim Filho informa que há um contato com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária de (Embrapa) de Campo Grande (MT), instituição que está á frente de pesquisas para o controle da mosca. "Qualquer novidade relativa à prevenção e controle biológico será repassada aos produtores", comenta.
Características
De acordo com informações da Embrapa, a Mosca dos Estábulos, como é popularmente conhecida, ataca preferencialmente equinos e bovinos. Eventualmente, ataca outros animais domésticos e o homem. Ocorre em diversos países do mundo, principalmente em áreas ao redor de estábulos e confinamentos. Os animais sofrem com as picadas, ficam inquietos e se alimentam menos - o que consequentemente, causa uma queda na produção de leite. O período de vida da mosca dura de 15 a 30 dias.
Ainda segundo a Embrapa, no ano de 2009, foram verificados surtos com infestação da mosca em usinas sucroalcooleiras e em fazendas de produção pecuária circunvizinhas de usinas, na região sul de Mato Grosso do Sul. Esse tipo de surto não é um fato novo no Brasil, tendo em vista algumas ocorrências nos estados de Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo.
As informações são da Agência Minas, adaptadas pela Equipe AgriPoint.
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